EDUARDO RICCI JIU JITSU MARINGÁ

30 de out. de 2010

Entrevista: Kyra Gracie

Dificilmente alguém pensa em jiu-jitsu brasileiro sem se lembrar de um Gracie. A arte marcial criada e desenvolvida pelos patriarcas Carlos e Hélio segue como grande legado da família e com Kyra não é diferente. Aos 25 anos, ela é a mais famosa lutadora dentre as mulheres do clã e já está ciente da responsabilidade que tem.


“Sempre querem que um Gracie seja o melhor. Já estou acostumada com isso, pois desde pequena é assim”, explicou Kyra Gracie ao UOL Esporte. Mais que isso, ela assumiu o papel de embaixadora do jiu-jitsu entre as mulheres. O plano é muito simples: quer usar toda sua visibilidade para ajudar no crescimento do esporte. “Quero mostrar que as mulheres podem lutar sem deixar de serem femininas.”

Para isso, ela tem um trunfo na manga, além de sua qualidade técnica – ela já é bicampeã mundial, penta pan-americana e penta brasileira, além de bi mundial sem quimono. Kyra até tenta fugir do estigma, mas reconhece: é uma das musas do esporte brasileiro. “Toda mulher gosta de elogios. Lógico que tem esse lado, mas meu primeiro plano é ser lutadora e estou me esforçando para isso”, explicou.
Bisneta de Carlos Gracie, sobrinha-neta de Carlson Gracie e sobrinha de Renzo Gracie, Kyra ainda fala na entrevista exclusiva abaixo sobre os planos de sua carreira, uma possível mudança para o MMA, da relação com sua família e ainda conta como usa o jiu-jitsu para se livrar de engraçadinhos nas baladas.
 Como você está agora?
Kyra Gracie - Meu último campeonato foi o Mundial, em junho, mas machuquei o joelho. Estou com um estiramento no ligamento não posso competi. Volto em janeiro, que já tem o Europeu, depois vem Pan-Americano, Brasileiro e o Mundial em seguida.
Você está lutando sem quimono também?
Luto submission apenas no ADCC (Abu Dhabi Combat Club, maior evento do mundo na modalidade), que é de dois em dois anos. Ganhei duas edições, mas fiquei de fora da última por causa de uma lesão. Ano que vem tem e novo e pretendo competir.
Como estão seus planos de lutar MMA?
Na verdade, o MMA feminino está crescendo muito. Venho treinando boxe há algum tempo e tive algumas propostas de eventos nos Estados Unidos, que estou estudando. Não tem nada certo, mas esse crescimento mexe comigo. Quem sabe uma boa oportunidade pode fazer eu me decidir de vez.
Como é o peso de carregar o sobrenome Gracie?
Na verdade, quando eu vou lutar, tento não aumentar a pressão sobre mim, mas é claro que a expectativa é maior. Sempre querem que um Gracie seja o melhor. Já estou acostumada com isso, pois desde pequena é assim. Por isso penso que tenho de dar o exemplo, mostrar que somos donos do esporte. Tenho essa responsabilidade. Ali não sou só a Kyra, sou toda uma família que já passou pelo tatame.
Isso é só com você, ou toda sua família sente o mesmo?
Todo mundo da família sente isso, mas nos acostumamos. Tentamos não por tanta pressão. Mas essa adrenalina é algo que aprendemos a conviver desde pequenos e tentamos melhorar nosso rendimento com isso.
Você está em alta na mídia e é praticamente a única lutadora que aparece. Como você vê essa posição de embaixadora das lutas entre as mulheres?
Esse é um ponto muito importante para mim. Na verdade, o jiu-jitsu feminino não tinha espaço nem na mídia especializada, não tinha crédito nenhum. Quando comecei a lutar profissionalmente, até por ser uma Gracie, meu objetivo foi aproveitar essa mídia, passar uma crítica sobre tudo isso, mostrar que as mulheres podem lutar sem deixar de serem femininas.
Como é para você ser apontada como musa do esporte?
(Muitos risos) Acho que toda mulher gosta de elogios, faz bem para o ego. Mas não quero que isso seja prioridade na minha vida, não quero ser lembrada primeiramente por isso. Lógico que tem esse lado, mas meu primeiro plano é ser lutadora e estou me esforçando para isso.
E já recebeu alguma proposta para posar nua?
Meus tios me matariam! (Gargalhadas)
Falando em tios, os Gracie continuam muito unidos?
Com certeza e nem teria como ser diferente. Todo mundo trabalha com a mesma coisa, meus tios e primos mais velhos são meus treinadores, sempre estamos juntos, assistimos competições, no córner um do outro. Por sermos do mesmo meio, aproveitamos toda a experiência que podemos transmitir uns para os outros.
Mas entre as mulheres da família, você segue sendo a única lutando profissionalmente, não?
Todo Gracie sabe alguma coisa de jiu-jitsu ou já treinou em algum momento na vida. Eu comecei aos poucos também, mas no início, os meninos não me incentivam. Comecei vendo minha mãe treinando, mas depois ela parou e eu continuei. Escutava eles falando para eu largar, deixar isso com eles, mas agora são meus maiores incentivadores!
Então você é um exemplo na família?
Hoje em dia, já tem outras mulheres da família treinando. Espero realmente ter conseguido mostrar que uma mulher da família também pode carregar esse sobrenome. Vejo primas minhas mais novas treinando, umas tias... Espero que daqui algum tempo possam surgir novas Kyrazinhas (risos).
Uma curiosidade: Você já precisou usar algum golpe de jiu-jitsu contra algum rapaz mais abusado?
(Risos) Aqui no Rio de Janeiro, quando você vai em alguma festa ou balada, o pessoal tem mania de te segurar pelo braço, para conversar à força, te agarrar, te beijar... Eu tenho um movimento de defesa pessoal, que é uma defesa de pegada, que sempre uso quando preciso sair desse tipo de situação. Já até ensinei para as minhas amigas. Pessoal está esperto, mas sempre aparece um desavisado... (mais risos)

Orelha de Couve Flor

Os lutadores de Jiu-Jitsu (Judô, boxe, etc…) podem desenvolver uma deformação na orelha externa ( pavilhão auricular) que os médicos chamam de Hematoma Auricular. Popularmente, as pessoas costumam chamar de “orelha de couve-flor” (em inglês “cauliflower ear“).

Para entender melhor, precisamos conhecer a orelha. Nossa orelha é formada por uma lâmina de cartilagem elástica de formato irregular, recoberta por uma fina camada de pele. Entre a pele e a cartilagem existe ainda ou camada de tecido conjuntivo chamada de pericôndrio, que é responsável pela “nutrição” da cartilagem.

Os atritos e esmagamentos constantes sofridos nas orelhas durante treinos e lutas (contra o chão, o braço do adversário, e outros) provocam um hematoma entre a cartilagem e o pericôndrio. É comum a inflamação do naquele espaço em função do trauma. A falta de suprimento sanguíneo pode conduzir a uma necrose que resulta em reação fibrosa severa, ou seja, uma “nova” cartilagem é construída para preencher aquele espaço lesionado. Cada vez que ocorre a inflamação, um pouco de cartilagem se forma. Assim, a orelha de couve-flor torna-se inevitável.

Para prevenir esta inflamação, é preciso que o sangue acumulado após a luta seja drenado o quanto antes. Caso contrário só restará a cirurgia plástica e, mesmo assim, é muito difícil conseguir recuperar o formato original. A orelha em couve-flor se tornou marca registrada dos lutadores que entrou na moda, a ponto de alguns praticantes usarem alicates para acelerar o processo de deformação. Tem louco pra tudo!

Fonte: http://diariodebiologia.com/2010/06/o-que-causa-deformacao-na-orelha-dos-lutadores-de-jiu-jitsu/

29 de out. de 2010

Dana White anuncia fusão entre UFC e WEC


O dia de hoje entrará para a história do MMA. Dana White, presidente do UFC, preparou uma conferência de imprensa para as 15 horas para fazer um grande anúncio, mas adiantou as novidades ao site MMAFighting. Segundo o cartola, o WEC se fundirá ao UFC em 2011, adicionando ao Ultimate as categorias de pesos leves, penas e plumas.


Com a fusão, a primeira grande novidade é que, agora, José Aldo é o campeão peso pena do UFC. “A hora é a melhor possível. Com o UFC crescendo globalmente, faz sentido trazer essas categorias mais leves. Sabemos que as lutas dos mais leves são excitantes... Me diga a última vez que você viu uma luta entediante no WEC. E aumentamos a promoção do evento enquanto crescíamos o evento pelo mundo todo”, conta Dana White.


Na entrevista, Dana garantiu que nenhum atleta perderá seu emprego com a mudança, e revelou ainda que José Aldo já deve fazer sua primeira defesa de título logo em janeiro. Dana não revelou o oponente nem a data, mas o campeão já revelou que o seu oponente será Mark Hominick. Com duas edições programadas até o final do ano, o WEC dá seu adeus oficial no dia 16 de dezembro, com o WEC 53.


Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/10/28/Dana-White-anuncia-fusao-entre-UFC-e-WEC

26 de out. de 2010

Shogun topa luta contra Couture


Em entrevista à repórter Karyn Bryant, do site MMAHeat.com, Randy Couture mantém incerto o futuro no MMA. Entretanto, o ex-campeão de duas categorias do UFC não esconde a vontade de encarar as grandes pedreiras da organização no peso meio-pesado, entre elas o atual campeão Maurício Shogun.   
Shogun, que se recupera de uma cirurgia no joelho, deve ter Rashad Evans pela frente na volta ao octagon, em 2011. No entanto, ficou lisonjeado com o interesse do “The Natural” em enfrentá-lo: 
Também gostaria muito de lutar contra o Randy Couture, uma lenda do MMA”, disse no seu Twitter.

24 de out. de 2010

Como funciona o Arm Lock ?



Oração do Jiu-Jitsu


Tatame que estais debaixo de nossos pés,
Abençoado seja a nossa luta,
Fortificai ao nosso treino,
E que seja eu mais forte do que o meu adversário,
Assim na raspagem como na imobilização,
Kimono meu de cada dia, não rasgai hoje!
Perdoai os nossos triângulos maus feitos,
Assim no treino como nos campeonatos,
Não deixeis cair em finalização!
Mas livrai-me do arm-lock aéreo
AMEM…

22 de out. de 2010

Cuidados com seu Kimono de Jiu Jitsu


Cuidados com seu Kimono de Jiu Jitsu
Aqui estão algumas informações úteis que nós reunimos de muitos fabricantes de Kimono de Jiu Jitsu, alguns deles tem mais de 30 anos de experiência produzir kimonos, vamos nos aproveitar dessa experiência!
Dicas
Um kimono de Jiu Jitsu irá durar alguns anos se for tratado com respeito. Siga estas sugestões e seu equipamento e seu bolso irão agradecer.
  • Pendure seu kimono depois de cada treino.
  • NUNCA deixe ele embolado ou dentro de sua bolsa.
  • Vire o kimono do avesso na hora de lavar.
  • Não use alvejante nem detergente com alvejante.
  • Lave seu kimono antes que ele começe a cheirar mal.
Lavando seu kimono de Jiu Jitsu
Sempre lave seu kimono em água fria somente. Isto ajudará a tirar manchas de sangue, suor e materiais tingidos. (Água quente irá fixar essas sujeiras no kimono). Se precisar usar secadora, use em ciclo baixo, tenha sempre em mente que a máquina de secar poderá aumentar o encolhimento do seu kimono. Secar o kimono naturalmente irá aumentar a vida útil dele.
Lembre-se, kimono limpo demonstra respeito ao mestre, aos seus parceiros de treino e a você mesmo.

Esquisito treina com Dan Henderson para o Mundial Sem Kimono

O Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu Sem Kimono acontecerá no ginásio State University Long Beach, na Califórnia (EUA), no dia 7 de novembro, com grandes nomes da luta mundial. O Amazonas, como sempre, tem seu representante na competição. O faixa preta Carlos Holanda “Esquisito”, como conta o colaborador Arthur Castro, já se encontra em solo americano para aperfeiçoar seus treinos.

Para essa missão, Esquisito não foi sozinho, ele está acompanhado do amigo Mario Israel. Juntos eles percorrem as badaladas academias de Los Angeles, e dessa vez foram conferir os treinos no CT do lutador do Strikeforce Dan Henderson, que é treinado pelo faixa-preta de Jiu-Jitsu da CheckMat Ricardo “Pantcho” Feliciano.

O campeão de duas categorias do extinto Pride fez um treino com Esquisito e passou dicas do seu poderoso wrestling para o faixa-preta aplicar nas lutas sem pano. Que reforço!

Fonte: http://www.graciemag.com/pt/2010/10/esquisito-treina-com-dan-henderson-para-o-mundial-sem-kimono/

18 de out. de 2010

Um Mallandro no tatame

“Quem está desesperado?” gritava barulhento o apresentador de programa infantil toda manhã, em frente a três portas numeradas, para delírio da criançada. Muita gente não sabe, mas Sérgio Mallandro já deixava muita gente com a língua pra fora antes mesmo de inventar o “Glu-Glu”. Sob a supervisão de Carlson Gracie, o Mallandro treinou Jiu-Jítsu na década de 80 ao lado de expoentes do esporte, como Fernando Pinduka, Wallid Ismail, os atuais líderes da BrazilianTop Team Murilo Bustamante e Bebeo Duarte e aprontava das suas na praia.“O mestre pedia pra gente divulgar o Jiu-Jítsu entre os amigos e sempre aparecíamos com alguém novo na academia, disposto a aprender o Jiu-Jítsu”, conta o hilário faixa-marrom de Carlson Gracie.


Você foi graduado pelo Carlson faixa-marrom...

Fui o sexto aluno do Carlson, lá na Figueiredo (Rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana RJ), local da antiga sede da Carlson). Na época, treinávamos eu, o Pinduka, o Fábio Macieira, o Maurício Bustamante, o Beto. Depois que chegaram os demais lá... e eu já sabia tudo! Ensinei o Wallid a amarrar a faixa, o Murilo a dar triângulo e o Bebeo a botar o joelho na barriga. Eu era bem mais antigo que esse pessoal que hoje a gente vê lutando pela TV.



Conte uma história engraçada do mestre.

Passei por diversas situações engraçadas ao lado dele. Uma vez, estávamos saindo da academia e o convidei para jantar na minha casa. Só que a cozinheira tinha feito um Bobó de Camarão e “pipipi-papapá”, o Carlson deixou a dieta Gracie de lado e comeu todo o camarão, deixando o bobó gelado pra gente. Como era tarde, na volta não tinha mais ônibus e o Carlson acabou voltando da Lagoa até Ipanema de carona num camburão. E eu fui junto... não iria perder a cena por nada. (risos)

Houve uma época em que você o ajudou a manter a academia aberta. é verdade?

Pois é. Quando virei artista, a academia estava prestes a fechar porque o Carlson não tinha dinheiro para pagar o aluguel. Pra piorar, ninguém pagava academia... nem eu. Então, num belo dia, o Carlson chegou pra mim e disse: “Mallandro, agora que você virou artista e é famoso, arranja uma grana!”. Acabou que cedi o dinheiro do aluguel em agradecimento a tudo o que ele me ensinou. Sou muito grato ao Carlson e ele vai fazer muita falta.

E os campeonatos? você Chegou a enfrentar algum Gracie nos tatames?

Nunca enfrentei um Gracie e sou amigo de muitos deles. A turma do Jiu-Jitsu no Rio era a dos Gracies... Cresci e aprendi muito com o Royler, o Renzo e o Rickson, por quem tenho muito carinho. Me lembro de uma vez que fomos a São Paulo representando o Pedro Hemetério, já que o torneio era apenas para equipes paulistas. Os locais acharam aquilo muito estranho. Estávamos todos bronzeados e cercados dos branquelas de São Paulo. Mesmo com a faixa azul, passamos o rodo nos paulistas, que na época não sabiam muito. Estavam lá o Maninho, o Felipão, Cacá, Pinduka, o Maurição e eu... éramos a linha de frente do Carlson.


O que o Jiu-Jitsu te ensinou que você usa até hoje?

O Jiu-Jitsu me deu muita segurança, tanto que eu nunca queria brigar na rua. Na minha época, ninguém conhecia a prática de Jiu-Jitsu e certa vez, em Petrópolis (RJ), um cara cismou que queria brigar comigo na rua. Tentei dissuadi-lo, mas o cara queria me enfiar a porrada.Então me defendi, levei o cara pro chão e apliquei um mata-leão. Falei pra ele que ele iria dormir, mas acabei soltando-o. O danado veio de novo pra cima de mim e não teve jeito.Encaixei a posição novamente e o cara dormiu. O Jiu-Jitsu tem esse lado bom, pois você imobiliza o oponente sem precisar dar um soco.

Mas você brigava muito na rua?

Não, sempre fui na minha. A única coisa que fazíamos era que quando estávamos na praia, a gente divulgava o Jiu-Jitu entre os amigos. Falava: “Vou te ensinar uma malandragem". E pegava o cara num estrangulamento. O pessoal ficava curioso e parava tudo lá na academia... o Carlson falava pra gente trazer mais alunos pra academia. O mestre também gostava de colocar a gente pra fazer uma luva e a gente saía na porrada (risos). Me recordo que certa vez, eu tava treinando com o Manimal e fiz um “Glu-Glu” pra cá e um “Glu-Glu” pra lá e o derrubei com uma baianada. Na seqüência, eu disse que tava cansado, precisava beber água e saí de fininho... (risos). Até hoje ele fica bolado quando eu lembro desta história com ele... ele diz que eu dei sorte.

Fonte: http://www.tatame.com.br/dasantigas/upload/64/arquivo.pdf

Treinamento Funcional

O treinamento funcional se refere a utilização de exercícios que simulam as atividades específicas que aparecem nos esportes ou nas atividades de rotina, mas também pode referir-se a exercícios que ajudam a corrigir ou evitar os desequilíbrios estruturais que ocorrem a partir da pratica de um esporte específico, pois a maioria dos esportes tendem a se especializar em determinados grupos musculares. Embora o termo treinamento funcional seja relativamente novo, o conceito não é.
Durante muitas décadas, cientistas do esporte e treinadores russos examinaram em detalhe o conceito de treinamento funcional em muitos livros. Duas das fontes mais amplamente referenciadas são o russo Dr. Yuri Verkhoshansky, que conduziu a pesquisa extensiva em pliometria, e o Dr. Anatoliy Bondarchuk, um dos treinadores de força mais bem sucedidos. Provavelmente o termo que mais se assemelha treinamento funcional é o termo preparação de força especial.

Ao desenvolver o planejamento de longo prazo para a carreira de um atleta, o treinamento inicial incidirá sobre a resistência geral e, posteriormente, a formação incidirá sobre a força específica. Além disso, como um atleta move para níveis mais elevados de classificação dos esportes, o treinamento de força geral deve ser realizado menos, pois poderia interferir com o desenvolvimento da força especial.
Inventar nomes para os conceitos de treinamento já estabelecidos é uma coisa, porém muitos treinadores do funcional nos querem fazer crer que a única maneira de alcançar os mais altos níveis de condicionamento é com o uso das superfícies instáveis, tais como placas de oscilação e bolas suíças.
O treinador Michael Wahl em seu estudo selecionou 16 atletas competitivos que tinham jogado em nível universitário ou superior, na verdade este grupo incluiu um kickboxer campeão do mundo. Usando o eletromiograma (EMG) de testes para analisar a atividade elétrica dos músculos, Wahl descobriu que os padrões motores do cérebro expostas em realizar exercícios em superfícies instáveis eram exatamente as mesmas que as observadas em superfícies estáveis. Ele concluiu que, devido à natureza instável destes exercícios menores cargas poderiam ser utilizadas, assim foram considerados inferiores a partir de uma perspectiva de treinamento de força. E para isso eu acrescento: "Por que treinar o corpo para ser fraco?"

Este é um texto escrito pelo reconhecido treinador de força Charles Poliquin. No texto pode se entender que o treinamento funcional não é uma novidade, alias há década atrás já se utilizava o treinamento de força especial que nada mais é do que o treinamento funcional, com uma mudança apenas no nome. Porém muitos treinadores querem nos fazer acreditar que o treinamento funcional, digo este realizado com plataformas instavéis e exercícios em suspensão, é o melhor treinamento que existe. Esses treinadores ainda não têm embasamento cientifico para afirmar esta hipótese.
A musculação é funcional !

* Fábio Martins das Neves
Graduado em Educação Física (FESB);
Pós Graduação em Musculação e Condicionamento Físico (FMU);
Pós Graduação em Fisiologia do Exercício (Unifesp);
fneves@bioritmo.com.br
fabiomartins_18@ig.com.br
www.exercicioresistido.blogspot.com
(11) 6385 3064



Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/10/12/Treinamento-Funcional

9 de out. de 2010

Ao elogiar o Sambo, Fedor desdenha do Jiu-Jítsu

Visto por muitos fãs da luta como o maior lutador de MMA de todos os tempos, Fedor Emelianenko, dono de 30 vitórias e apenas uma derrota, por sinal, muito contestada – por um corte acidental -, foi realmente exposto pela primeira vez em sua carreira na derrota fulminante para Werdum, da Califórnia para o mundo, no Strikeforce. A derrota do ícone russo veio pelas mãos (e pernas) de Fabrício Werdum, em um lindo ataque-duplo de armlock com triângulo, movimento plástico de um dos melhores faixas-preta da arte suave no mercado.


Humilde na derrota, Fedor, em entrevista ainda no cage, reconheceu que era a noite do brasileiro e que a vontade de Deus havia sido realizada. No entanto, em uma entrevista recente ao site russo gazeta.ru, o peso-pesado havia dado outra visão sobre a técnica empregada na noite em que voltou a ser visto como ser humano para os fanáticos por MMA:

- Sambo é demais. Jiu-Jítsu não é nada de especial. Já lutamos contra alguns caras do jiu-jítsu como este antes. Eu perdi naquela noite por causa de um erro pessoal… Eu perdi a cabeça, quis terminar o mais rápido possível. Eu perdi para o Werdum, era para ser assim, e agradeço a Deus que aconteceu desta forma – disse o ex-campeão do Pride.

Por Renato Rebelo
Fonte: http://colunas.sportv.globo.com/sensei/2010/07/23/ao-elogiar-o-sambo-fedor-desdenha-o-jiu-jitsu/

Braulio Carcará dá seu testemunho sobre a faixa-preta de Rashad Evans

Ainda no vestiário, após vencer o brasileiro Thiago Silva no UFC 108, Rashad Evans recebeu das mãos de Rolles Gracie a faixa-preta de Jiu-Jítsu. A polêmica graduação deu o que falar, especialmente na comunidade da arte suave, uma vez que o wrestler não é adepto aos treinos de quimono.


Rolles se defendeu, na época, destacando a qualidade do americano no submission. Para tirar a teima, nada melhor do que o atual campeão absoluto do ADCC para dar seu ponto de vista sobre o assunto, ainda mais com conhecimento de causa.

Bráulio ‘Carcará’ Estima passou algumas semanas ‘internado’ na academia de Renzo Gracie, em Nova York, quando se preparava para estrear no MMA, no evento Shine – que acabou sendo cancelado em cima da hora. Lá, o pernambucano rolou com o ex-campeão dos meio-pesados do UFC. E essa foi sua análise:

- Quando soube que o Rollezinho deu a faixa-preta fique me perguntando também. Mas fui lá e comprovei. O nível dele é de faixa-preta, ele é bom. Cara, posso te dizer tranquilamente que já treinei com mais de 50 faixas-preta que se ele pegar ele mata. Eu consegui raspar, pegar, mas estou no meu auge e eu só treino isso. Ele sabe raspar e passa bem para caramba, ele é muito bom.

Fonte: http://colunas.sportv.globo.com/sensei/2010/09/29/braulio-carcara-da-seu-testemunho-sobre-a-faixa-preta-de-rashad-evans/

O NOVO JIU JITSU

Muitos praticantes, lutadores e até mesmo professores de Jiu-Jitsu, atualmente, embora devotando grande respeito e admiração, pensam que, nos últimos anos, a técnica do grande mestre Hélio Gracie já estava sendo ultrapassada.


Isso aconteceu porque com a adaptação do seu Jiu-Jitsu para a disputa de campeonatos com regras especificas que limitam o tempo de luta, proíbem a utilização de certos golpes arriscados, instituem categorias de peso e conferem pontos por domínio de posição, a arte da defesa, que é essencial em um confronto com um adversário mais pesado e mais forte, em uma situação real, perdeu em grande parte o propósito.

A luta de campeonato, através da contagem de pontos, valoriza prioritariamente o ataque e a agressividade, e como o professor Hélio sempre enfatizava a defesa acima de tudo, passaram a considerar o seu Jiu-Jitsu desatualizado.

Entretanto, Sun Tzu já ensinava há milênios no livro “A Arte da Guerra”, que quando existe insuficiência de força, a defesa deve ser priorizada e que a tática ofensiva só deve ser utilizada em situação de vantagem física. Hélio, sem nunca ter estudado filosofia chinesa, aplicou princípios do Taoísmo e de Sun Tzu com a maior sabedoria e precisão.

Depois de muita pesquisa em antigos livros de Jiu-Jitsu e Judô, chegamos à conclusão de que Hélio Gracie foi o primeiro mestre das artes marciais na história a materializar essas filosofias chinesas milenares e aplicá-las ao combate corpo a corpo, através de seu método genial de defesa pessoal.

Ele entendeu muito cedo, lutando contra adversários muito mais fortes e pesados, que partir para o ataque em uma situação de desvantagem física representa um esforço inútil e arriscado. O ataque só deve ser utilizado como elemento surpresa ou em uma situação de superioridade.

Como o Jiu-Jitsu de Hélio foi desenvolvido para ajudar ao mais fraco, ele priorizou a tática defensiva que depende da paciência (através do domínio da técnica) e da resistência (através da alimentação racional e vida saudável) esperando o adversário errar ou cansar, para só então buscar a vitória.

A regra da imobilização utilizada tanto no Judô quanto na luta livre, de origem greco-romana, se baseia na idéia de que quando um lutador é dominado por um adversário, com as espáduas encostadas no chão, ou ele escapa rapidamente ou está liquidado.

Hélio ousou em discordar desse tradicional conceito esportivo e criou um sistema defensivo invulnerável que permite ao lutador mais fraco manter-se em posição desfavorável sem ser finalizado, isto é, vencido ou nocauteado. Ele sempre afirmou que ao desenvolver os reflexos da sua técnica de defesa, um lutador só perde se errar, pois a técnica de defesa em si é invencível.

Com o avanço da idade, nos últimos quinze anos e a natural perda de boa parte da pouca força física que possuía, ele foi obrigado a aprimorar ainda mais o seu Jiu-Jitsu (com o qual poucos privilegiados tiveram contato) e torná-lo mais eficiente para poder dar continuidade ao seu costume de enfrentar desafios e colocar os seus ensinamentos a prova.

Até os seus 94 anos, Hélio Gracie se deitava no tatame e mandava qualquer lutador ou praticante do Jiu-Jitsu que o visitava, independentemente de tamanho ou peso, escolher a posição que quisesse, montado ou atravessado e tentar vencê-lo, sem que ele tentasse sair, apenas se defendendo.

Ninguém logrou êxito. Tudo isso para provar aos seus alunos e a quem quer que fosse procurá-lo, que com a sua técnica de defesa, qualquer pessoa, mesmo o mais fraco, pode se tornar imbatível.

Um trecho extraído do clássico “A Arte da Guerra” de Sun Tzu mostra bem a filosofia que explica o novo Jiu-Jitsu por ele criado. “Os bons guerreiros de antigamente primeiro se colocavam fora da possibilidade de derrota e depois esperavam a oportunidade de derrotar o inimigo.

A garantia de você não ser derrotado está em suas mãos, já a oportunidade de derrotar o inimigo é fornecida por ele mesmo. Vem daí o ditado: pode-se saber como vencer sem ter a oportunidade de fazê-lo.

A garantia contra a derrota implica táticas defensivas; a capacidade de derrotar o inimigo significa saber como e quando tomar a ofensiva. Devemos nos manter na defensiva quando a força for insuficiente e só atacar no erro ou no enfraquecimento do inimigo. O guerreiro vence os combates não cometendo erros. Não cometer erros é o que dá a certeza da vitória”.

Por Guilherme e Pedro Valente
http://colunas.sportv.globo.com/sensei/2010/10/01/relembrando-o-mestre-helio-gracie-faria-97-anos-hoje/

7 de out. de 2010

Aperfeiçoe as quedas para o Jiu-Jitsu

Faixa-preta de Jiu-Jitsu e de judô, Max Trombini, mestre da Cia Paulista, em São Paulo, já recebeu as principais equipes de judô do mundo. O treinador de feras como Eduardo Santoro “Português” é responsável, com aval da CBJ, pelo treinamento de chão de muitos judocas.


No entanto, no vídeo abaixo, Max, que está prestes a lançar o livro “Aprendiz de Samurai”, de sua autoria, ensina uma série de macetes e quedas que podem ser úteis aos atletas de Jiu-Jitsu. O professor dá uma verdadeira aula no site do GRACIEMAG.com


 
Fonte: http://www.graciemag.com/pt/2010/10/aperfeicoe-a-parte-de-quedas-para-o-jiu-jitsu/

5 de out. de 2010

PAN DE JIU JITSU SEM KIMONO 2010


O Pan Sem Kimono 2010 teve Pablo Popovitch como rei, campeão no peso e no absoluto. Mas o evento também coroou as boas participações de Caio Terra, Henrique Costa, Jonathan Torres, Lucas Lepri, Diego Gamonal, Marcus Vinícius Oliveira e Victor Costa, entre outros. Além disso, os atletas da faixa-azul a marrom fizeram bonito nos dojôs montados em Nova York.


Entre as academias, melhor para a Renzo Gracie, seguida pela CheckMat e Alliance. Vale comentar também a boa participação da equipe de Marcelo Garcia, campeã no feminino e no masters e seniors.

Se você vence em Nova York, você vence em qualquer outro lugar. Pablo Popovitch seguiu o lema de Frank Sinatra e, após vencer a categoria até 77kg do ADCC ano passado, tornou-se campeão no absoluto e no meio-pesado do Pan de Jiu-Jitsu Sem Kimono, em Nova York, no sábado.


Pablo chegou à final do aberto com Marcus Vinícius “Bochecha” (CheckMat) e ficou com o título sem lutarem, já que ambos treinam juntos na Flórida. Bruno Bastos e Caio Terra completaram o pódio.

Venceram na faixa-preta, ainda, Caio Terra (pluma), Henrique Costa (pena), Jonathan Torres (leve), Lucas Lepri (médio), Diego Gamonal (pesado), Marcus Vinícius Oliveira (superpesado) e Victor Costa (pesadíssimo).



Resultados por equipes:

Adulto:

1- Renzo Gracie 
2- Checkmat BJJ 
3- Alliance

Master & Seniors:

1- Marcelo Garcia
 2- Alliance 
3- Gracie Humaitá

Juvenil:

1- Alliance 
2- Lloyd Irvin 
3- Hasset’s

Feminino:

1- Marcelo Garcia 
2- Brazilian Top Team
 3- Lloyd Irvin

Jiu-Jitsu vira esporte oficial na Noruega

Faixa-preta de Vinícius Campello e Otávio Ratinho, Felipe Mota, mais conhecido como “Gargamel”, está atualmente morando na Noruega, depois de dar aulas de Jiu-Jitsu por muitos anos na academia AKXE, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Convidado para ensinar a arte suave na Europa, Gargamel embarcou com destino à cidade de Stavanger, onde se deparou com algumas academias destinadas à prática do esporte, embora não fossem ainda reconhecidas oficialmente.


Procurando o reconhecimento em terras norueguesas, Felipe solicitou um visto profissional para que pudesse se fixar de vez na Europa e tentar expandir seu trabalho. O problema todo foi que nenhuma embaixada concederia um visto profissional perante a justificativa da prática do Jiu-Jitsu, já que ainda não era uma profissão oficialmente reconhecida pelo Ministério dos Esportes norueguês. Gargamel, porém, não desistiu. Correu atrás para conseguir a oficialização do esporte para vencer toda a burocracia do país onde se havia fixado.

Não há dúvidas de que o longo processo gerou muito trabalho e dor de cabeça para o faixa-preta, mas, pouco mais de um ano depois, Felipe recebeu uma carta enviada diretamente pelo governo, na qual ele era parabenizado pelo trabalho desenvolvido e ressaltando sua importância para o desenvolvimento e profissionalização da modalidade no país. Pode ter sido duro, mas com certeza foi satisfatório ver o resultado final. Enfim, o Jiu-Jitsu passou a ser um esporte oficial na Noruega.

Sendo o primeiro a conseguir um visto profissional com a justificativa de ser professor de Jiu-Jitsu, Gargamel também é o primeiro a ter uma academia oficialmente registrada junto ao Ministério dos Esportes e faz questão de levar o nome da academia que o formou, AKXE, para a Noruega. No seu centro de treinamento, há também aulas de outras modalidades, como MMA e preparação física, atuando de como um profissional do esporte. Resta a nós agora nos espelharmos em iniciativas como esta para que o Brazilian Jiu-Jitsu, um esporte brasileiro, seja também profissionalizado em nosso país.

Fonte:http://www.tatame.com.br/2010/10/05/Jiu-Jitsu-vira-esporte-oficial-na-Noruega

2 de out. de 2010

Nova União e o título no Br. de Equipes


Campeã geral do Brasileiro de Equipes desse ano, a Nova União vem dando o que falar nas categorias de base. Com uma apresentação irretocável entre os atletas da nova geração, a equipe esteve em quase todos os pódios da categoria juvenil faixa azul e roxa, o que fez a diferença para que a equipe se sagrasse campeã. A Nova União provou mais uma vez que craque se faz em casa e a migração de grandes atletas da equipe para o MMA não atrapalha o andamento do time, que vem com uma nova geração fortíssima.

“Graças a Deus a gente tem uma categoria de base muito forte, temos muitos atletas. Esse ano devemos subir dois atletas da faixa roxa para a marrom, de repente o Breno Novaes e o Kauê Damasceno vão subir e com certeza vão dar o que falar. Fora a nossa base, desde que existe o Brasileiro de Equipes nós nunca perdemos na categoria juvenil e todos os nossos juvenis campeões da CBJJ se tornaram grandes faixas pretas”, comemora o líder da equipe, André Marola, preparando um exército para as próximas competições. “Desses 21 juvenis que a gente botou para lutar, dez vão subir pro adulto e 11 ainda ficam no juvenil e têm muita lenha para queimar. Nós perdemos o marrom e preta porque a galera migrou para o MMA, o que e normal, natural, mas nos vamos conseguir voltar a brilhar novamente entre os faixas marrons e pretas, levando novos talentos ao mercado”.

Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/10/02/Nova-Uniao-comemora-o-Brasileiro-de-Equipes
Por Erik Engelhart
Foto Guilherme Cruz

1 de out. de 2010

Quando Chuck Liddell lutava no Brasil. RARIDADE !!!

Liddell x Pelé em 1998, no IVC 6 em São Paulo.


Foi a segunda luta do Homem de Gelo, e a única dele no Brasil. Uma guerra de 30 minutos, que mostra o coração do ex-campeão do UFC.



Fonte : http://www.graciemag.com/pt/2010/06/quando-chuck-liddell-lutava-no-brasil/

HOMENAGEM A HÉLIO GRACIE


Hoje é dia 1º de outubro, dia do nascimento de Helio Gracie (1913-2009). O saudoso grande mestre, que partiu no início do ano passado, faria 97 anos (ou 98 segundo ele, que contava o tempo de gestação na barriga).


Todo dia é dia de relembrar os ensinamentos do professor, e aprender com ele, hoje especialmente. Reveja então algumas lições do grande mestre, nesta entrevista, que não é a última de Helio, mas é impagável

http://www.graciemag.com/pt/2010/10/uma-data-para-relembrar-e-reaprender-com-helio-gracie/