EDUARDO RICCI JIU JITSU MARINGÁ

24 de ago. de 2010

Dieta Gracie

O ano era 1996, o mês setembro e na página 8 da edição número 2 de GRACIE Magazine, Carlos Gracie Jr. começava um artigo da seguinte maneira. “Hoje em dia muito tem se falado sobre dietas. Existem as mais diversas possíveis, algumas receitadas para combater doenças, obesidade e até para melhorar o rendimento do organismo em atividades físicas”.


Muitos anos depois, o panorama não é muito diferente, e os habitantes do planeta parecem cada vez mais conscientes sobre aquilo que põem para dentro do seu corpo. Só que nem sempre foi assim.

Foi depois de sofrer com fortes enxaquecas – capazes de o deixar trancado no quarto por horas –, pleuras e até mesmo gota que grande mestre Carlos Gracie se deu conta de que algo tinha de mudar. Nas palavras do filósofo Hipócrates estava a primeira dica: “Faça da alimentação o seu remédio”.

Com fome de conhecimento, Carlos passou a ler cada vez mais sobre o assunto e durante anos a fio foi compilando todo o aprendizado para desenvolver aquela que seria consagrada como a Dieta Gracie. Os problemas de saúde ficaram para trás e o outrora jovem debilitado tornou-se um homem atlético.

O próximo passo então era comprovar a eficiência do método, e para isso, ninguém melhor do que a própria prole para testar as descobertas. Carlos Gracie incutiu nos filhos, sobrinhos e netos a necessidade de escutar o corpo e a ele oferecer alimentos que sirvam somente para seu benefício.

Aos poucos, o biótipo da família foi sendo alterado e os descendentes do Mestre cresciam cada vez mais do que os seus 1,60m e 63kg. De fato, conforme Carlinhos Gracie, “A alimentação saudável modificou uma família inteira”.

Mas afinal, do que se trata a Dieta Gracie? Ela consiste em não envenenar o corpo, não deixá-lo doente e estabelecer uma combinação adequada dos alimentos. O objetivo principal é manter o pH das refeições o mais neutro possível, equilibrando as substâncias através da combinação certa.

A combinação idealizada por grande mestre Carlos é global e supre os problemas de todos. Trata-se, principalmente, de não misturar: cereais entre si, gordura com açúcar, e alimentos ácidos com nenhum outro tipo. Fazer refeições com intervalos de, no mínimo, quatro horas, voltando a se alimentar somente quando o estômago estiver vazio.

Mas isso não é tudo. Além da preocupação com os alimentos sólidos, o Gracie procurava uma complementação à base de chás, usando assim aquilo que é oferecido pela natureza para curar os males do homem. “Nosso corpo é uma máquina cujo óleo é o sangue. Se o sangue estiver puro a máquina trabalha bem”, diz Carlos Gracie Jr. “O objetivo de meu pai era manter os lutadores da família bem, ou seja, livres de qualquer doença que por ventura pudessem surgir e inviabilizar um possível combate”.

A inclusão das frutas como parte fundamental da alimentação também pode ser creditada ao grande mestre. “Cerca de 30 anos atrás as pessoas entravam na minha casa e viam aquela dispensa cheia de frutas e verduras. Todos achavam estranho, pois para a cultura da época fruta não passava de sobremesa, enquanto que para nossa família correspondia a 50% do regime nutricional”.

Pai de 21 filhos e avô de mais de 50 netos, o patriarca dos Gracie teve, curiosamente, no irmão Helio a melhor defesa de sua tese. Adepto ferrenho da Dieta, grande mestre Helio sempre esbanjou saúde. “Quando ninguém falava em nutrição meu pai percebeu a validade de cortar a carne vermelha antes das lutas de tio Helio”, lembra Reila Gracie.

A comprovação de que ele estava certo não demorou a acontecer: em 1955, Helio lutou com Waldemar Santana durante 3h40m ininterruptamente. Vale lembrar que em 1955, Helio Gracie já estava com 42 anos, enquanto Waldemar não havia completado 24.

Resumir, portanto, a ciência de grande mestre Carlos a uma simples dieta é diminuir muito sua obra.

“Ele antecipou várias das hoje tão propagadas descobertas científicas, como o papel benéfico do caroteno, substância encontrada no mamão e na cenoura, o conceito de radicais livres e a medicina ortomolecular. Isso sem falar de seu pioneirismo em relação ao hábito de tomar açaí, suco de melancia, água de coco e vitaminas batidas”, diz Reila. Carlinhos completa: “Todos devem dosar o trabalho com alimentação. Nós despertávamos isso em nossos alunos e estes influenciavam outras pessoas. Daí o aparecimento de restaurantes naturais, casas de suco e toda uma onda de alimentação natural provocada por nós. Vejo o meu pai como grande precursor da alimentação natural aqui no Brasil”, afirma Carlinhos.

Quem quiser comprovar tais teses basta seguir a Dieta Gracie, mostrada nas tabelas abaixo:


Fonte: http://www.graciemag.com/pt/dieta-gracie/

20 de ago. de 2010

Guia da flexão de braço eficiente: fortaleça os músculos superiores

A flexão de braço é um dos exercícios mais simples que existem e, ao mesmo tempo, pode ser um dos mais eficientes. Se o que você quer é ganhar músculos e não está a fim de entrar em uma academia tão cedo, pode integrá-las à sua rotina diária e, sem precisar de um daqueles apetrechos vendidos pela TV, ter resultados visíveis em pouco tempo para tríceps, peito e, dependendo da variação que você usar, também costas e abdomen. Veja este guia com as vantagens, dicas e vídeos para tirar o máximo deste exercício e confira o site flexão de braço.info – com ainda mais dicas sobre como ficar sarado!


As vantagens da flexão de braço – Ao contrário do que muitos pensam, as flexões de braço não servem somente para bíceps – este grupo muscular é exercitado, mas não é exatamente o foco – mas são excelentes para o peito, ombros e tríceps. Fazê-las com freqüência e níveis de esforço crescentes ajuda a aumentar bastante o tamanho do braço e de toda a musculatura superior.

A flexão de braços clássica – Veja algumas dicas para garantir os resultados (e minimizar riscos) com a flexão de braço básica:

Na forma mais básica, mantenha as mãos ligeiramente mais abertas que o seu ombro, com os dedos unidos e apontando para frente. Tome extremo cuidado com a posição das mãos para não sobrecarregar o punho – o que pode piorar casos de tendinite;

Inspire enquanto você desce o corpo e expire ao elevá-lo. Preste muita atenção à respiração, pois perder o fôlego é uma das principais razões para não conseguir fazer mais do que dez repetições;

Preste atenção: é para quase encostar no chão, mas nunca encostar, independente da variação que você estiver fazendo (a clássica ou as várias outras existentes). Quando você encosta o seu corpo no chão, os músculos deixam de sustentar o corpo (quem está sustentando é o chão ) e, por isso, relaxam – acabando com o efeito desejado;

Nunca estenda os braços completamente ao subir. Isso tem o mesmo efeito que encostar o corpo no chão – tira o esforço dos músculos dos braços e passa aos cotovelos, que dão sustentação ao corpo ao ficarem travados;

Não corra. Fazer 20 flexões rapidamente tem menos efeito do que fazer dez devagar. Os músculos precisam se esforçar mais ao realizar exercícios vagarosamente – o que aumenta a quantidade de fibras afetadas (e garante melhores resultados);

A maioria dos treinadores recomenda que você comece com os braços estendidos e vá descendo (em vez de começar deitado e tentar elevar o corpo);

A sua coluna deve ficar reta a todo momento e completamente alinhada com o quadril. Isso maximiza o efeito e reduz o risco de problemas na coluna e no pescoço;

Para garantir uma boa postura, mantenha seus músculos abdominais contraídos a todo momento, assim como o quadril. Isso ajuda a manter a coluna reta e ainda faz com que estes dois grupos musculares também se exercitem;

A flexão básica passo-a-passo

1.Deite de barriga para baixo com as mãos na altura e largura dos ombros. As palmas da mão devem estar totalmente no chão, com os dedos unidos à frente. Os pés devem estar unidos e apenas a ponta dos pés deve tocar o chão

2.Contraia o quadril e os músculos abdominais para garantir que a sua postura está completamente alinhada e reta.

3.Eleve o corpo, prestando bastante atenção à postura. Cuidado para não estender os braços totalmente;

4.Desça o corpo lentamente. Inspire enquanto faz isso e mantenha os braços alinhados;

5.Pouco antes de tocar no chão, suba o corpo, expirando. Cuidado para não estender os braços totalmente;

6. Repita os dois passos anteriores até chegar no número de repetições que deseja

Quantas flexões fazer?

A resposta curta é: o máximo que conseguir, sem perder a postura ou roubar. Se você está com dificuldades mesmo para fazer poucas repetições, experimente se apoiar nos joelhos em vez dos pés. Isso vai te ajudar no começo e, quando seus braços estiverem mais fortes, você conseguirá fazer com os pés.

Quando você conseguir resistência suficiente para fazer 20 ou 30 repetições de uma vez, tente reduzir para séries de 15 e fazer estas séries várias vezes, com dois a três minutos de descanso entre elas. Além disso, se você começar a perceber que está muito fácil ou já está fazendo flexões por horas (no esquema de séries de 15), comece a ver variações (veja vídeos abaixo) e a aumentar a dificuldade apoiando os pés em superfícies cada vez mais altas (o que aumenta o peso do seu corpo apoiado nos braços).

Outra maneira de aumentar o esforço é aproximar os braços cada vez mais – sendo que a flexão em triângulo (formando um triângulo com as mãos) é a que mais exige do corpo.

Cuidado!

Comece aos poucos e vá aumentando gradativamente a quantidade de flexões por série e de séries por dia. Não tente se matar no primeiro dia

Lembre-se de que os músculos não crescem durante o exercício – eles crescem ao se recuperar do exercício. Por isso, durma bastante, coma bem (proteínas!) e dê ao menos 24 horas de descanso para eles se recuperarem. Overtraining não ajuda em nada

O que deve doer um pouco são os músculos, não as mãos, as articulações nem nada disso. Tem tendinite ou qualquer outro problema nos braços, mãos etc? Vá a um médico antes de começar qualquer exercício;
 
Fonte: http://saudavel.info/2006/10/29/guia-da-flexao-de-braco-eficiente-fortaleca-os-musculos-superiores/

3 de ago. de 2010

Entrevista - Rodrigo Minotauro Nogueira

Ex-campeão peso pesado do Pride e do UFC, Rodrigo Minotauro terá a chance de vingar uma das derrotas amargas de sua carreira. Na luta principal do UFC 119, o baiano encara Frank Mir, seu algoz de 2008, e está pronto para o duelo. Em entrevista exclusiva à TATAME, Minotauro falou sobre a revanche, comparou seu Jiu-Jitsu ao do americano, comentou e o duelo de seu irmão Rogério Minotouro contra Ryan Bader, que foi pupilo de Minota no The Ultimate Fighter 8.


Você finalmente terá a revanche contra o Frank Mir, algo que você sempre pediu. Como está a motivação para essa luta?

Estou motivado, treinando bem, estou no gás... É uma luta importante para a minha carreira. Essa é a luta que eu queria há um tempo e agradeço a eles (UFC) por terem me dado essa chance de fazer essa luta novamente. Estou pronto pra guerra.

Você já começou a preparação para a luta?

Estou treinando bastante, fazendo a preparação com o André Galvão, o pessoal lá do CT, vou para a Bahia, treinar um pouco de Boxe também, Muay Thai, e no começo do mês vou lá para Los Angeles, treinar com o Anderson Silva e o pessoal.

Você já teve um tempo para poder pensar em estratégia para a luta contra o Frank Mir...

Logicamente a estratégia é nossa, vamos ver o que vai sair na hora (risos)...

Muitos fãs, principalmente depois da vitória do Fabrício Werdum sobre o Fedor Emelianenko e da vitória do Brock Lesnar sobre o Shane Carwin, acreditam que você deveria voltar a usar mais o Jiu-Jitsu, que foi sua principal arma durante toda a carreira. O que você acha disso?

É o jogo que eu gosto, realmente, mas eu não estou fazendo por falta de oportunidade, mas quando a luta cai no chão eu me sinto bem confortável, me sinto bem mais confortável que em pé... É questão de oportunidade, de poder levar a luta para o chão. Os caras escorregam, não querem ir para o chão comigo, mas eu sempre vou procurando a luta de chão. O Werdum montou uma estratégia muito boa, o triângulo encaixou, e o Shane Carwin mostrou que ainda não pegou maturidade por baixo. Em pé é como um estouro de boiada, a mão vem de tudo quanto é lugar.



O Frank Mir também tem um jogo de chão forte. Como você compara o seu Jiu-Jitsu ao dele?

Eu acho o Frank um bom finalizador, uma luta chão entre a gente ia ser muito bonita de se ver, mas acho o meu jogo um pouco mais justo no chão. Tenho uma movimentação um pouco maior e acredito no meu gás. Ele tem um jogo justo, mas acho que o meu jogo é um pouco mais justo, por isso acredito que sou um pouco melhor no jogo de finalização.

O seu irmão vai lutar na mesma noite contra o Ryan Bader. O que você espera dessa luta?

Lutão, cara... Coincidentemente vai ser contra um cara que eu treinei por três ou quatro meses ali na época do reality show do UFC, é um cara explosivo, bom, melhorou a parte dele em pé, mas estou empolgado com o Rogério, ele está bem focado, treinando bem. Ele está treinando como treinou para a luta contra o (Vladimir) Matyushenko, bem focado... Ele sabe que essa é a chance dele de chegar ao cinturão. É uma boa luta, gosto de lutar com ele, é uma adrenalina maior... Vão ser duas lutas na mesma noite, isso me deixa muito focado. Um ajuda o outro. Essa semana vamos treinar juntos, a parte de trocação... É bem motivante para mim, vamos relembrar essa época do Pride, quando fizemos muitas batalhas.

O que o Ryan Bader traz de perigoso nessa luta?

Ele tem uma direita muito forte, é explosivo, tem ritmo, mas o Rogério segura melhor o ritmo dele. O Ryan é um bom wrestler... O ground and pound não é tão bom, então no ground and pound ele não oferece tanto perigo ao Rogério, mas ele é um cara que tem aquele giro do wrestler, mas o Rogério é melhor que ele na trocação e contra-golpeia bem. Ele derruba bem, mas o chão do Rogério é melhor.

Como fica o nervosismo na hora, quando você fica dividido entre assistir a luta do seu irmão e fazer o último aquecimento para a sua luta?

Eu vou lutar duas vezes na mesma noite. Eu gosto, a luta dele me dá bastante adrenalina, eu entro bem focado, já liga a minha adrenalina... A gente é um time, eu e o meu irmão lutar no mesmo dia já me deixa no clima da luta, então é interessante.

Fonte:http://www.tatame.com.br/2010/07/23/Rodrigo-Minotauro

Entrevista - Saulo Ribeiro

Hexacampeão mundial de Jiu-Jitsu, Saulo Ribeiro voltou ao palco que o consagrou mundialmente no Internacional de Masters e Sêniors. No peso, o faixa-preta de Royler Gracie finalizou quatro adversários e faturou a categoria dos pesados e no absoluto venceu dois combates e fechou com seu companheiro de equipe Rodrigo Munduruca. Em entrevista concedida logo após as conquistas, Saulo comentou sobre a sua participação, falou da emoção em voltar aos tatames do Tijuca Tênis Clube e garantiu que em 2011 estará de volta. Confira a seguir.


Você conquistou o título no peso, ganhando as quatro lutas por finalização e hoje fez duas lutas e fechou o peso com o Rodrigo. Como você se sentiu lutando no Internacional de Master?


Vir aqui no Rio, no berço, aonde tudo começou, é realmente uma emoção muito grande, é uma energia muito positiva. Hoje, o que me estimula a lutar é o fator ideológico, não é o fator competitivo. Dessa forma, eu acho que o título absoluto está muito bem representado com o Rodrigo, que faz um excelente trabalho no Canadá e representa a família Gracie Humaitá. No Master e no Sênior, as pessoas estão vindo aqui mais para lutar e não para ganhar... Eu acho que essa é a grande diferença do adulto para o Master. O pessoal está muito preocupado com auto-afirmação, com a questão de impor o nome no esporte e está esquecendo um pouco da essência do nosso Jiu-Jitsu. É um campeonato de muitas vantagens, quase isso, quase aquilo, meio isso, meio aquilo... No Master, eu acho que o pessoal tira um pouco do ego e da necessidade de se auto-afirmar e vem aqui porque, no final de tudo, isso é uma grande festa, uma grande comemoração e uma celebração do nosso Jiu-Jitsu, então eu acho que vir aqui é sempre bom, principalmente para dar um estímulo e ver essa nova geração.

Há quanto tempo você não lutava no Tijuca?

Muita gente vem aqui e nunca me viu lutar porque só luta há quatro anos, e é exatamente o tempo que eu não estava no Brasil. Estou muito feliz, trouxe aqui para o Brasil um pessoal dos Estados Unidos que estava treinando comigo lá na Ribeiro Jiu-Jitsu, que representam muito bem, ganhando medalhas em todas as categorias e ajudando à Gracie Humaitá a levar o campeonato geral e dar uma força no trabalho do Rolker Gracie, que ficou aqui com a matriz. Mais um título para a Gracie Humaitá.

Você estava há quatro anos sem vir, mas seus principais títulos foram conquistados aqui. Como foi essa energia de voltar?

É uma grande emoção, me deu vontade de chorar... Na verdade, eu não sabia que eu iria me emocionar tanto, foi aqui neste palco que eu me emocionei, correram as lágrimas, literalmente. Um palco de lesões, um palco de alegrias e derrotas, um palco de algumas atitudes imaturas... Na verdade, a minha história foi toda criada aqui, então voltar aqui é muito emocionante. Tem o meu pai, tem minha família toda aqui. Esse campeonato em especial eu dedico à filhinha do Xande, à minha afilhada Vitória, que o nome já está aí escrito na história... É um motivo de satisfação para mim, que hoje tenho a vida nesse esporte, não só no Brasil, mas como no mundo. Para mim é quase como uma nostalgia vir aqui.

Podemos esperar você no próximo ano?

Claro. Vou ver se eu consigo convencer o Xande para vir brincar aqui também e prestigiar. Acho que a galera está sentindo um pouco a falta de ícones e ídolos do esporte, pessoas que tem alguma coisa para dizer e acrescentar, alguma palavra de conforto para aqueles que estão chegando... Eu acho que esse campeonato aqui não pode morrer, eu espero um pouco mais de marketing, um pouco mais de assessoria de imprensa, mais capital investido. Eu cheguei aí e nenhum dos meios de comunicação estava sabendo desse evento, então eu acho que tem que dar uma investida no Brasil, foi aqui que tudo começou e isso não pode ser esquecido. Eu estou aqui deixando a minha academia, deixando o meu nome e toda a minha organização em prol do Jiu-Jitsu, no que precisar de mim... A Confederação, mais uma vez, continua com aquele trabalho crescente, então a gente tem que somar e não dividir. Mais uma vez o trabalho foi feito, a arbitragem está cada vez melhor, a comando do Álvaro (Mansor). Eu acho que as pessoas estão ficando educadas dentro do esporte, o que eu acho importante para que surjam novos ídolos, então eu só tenho que dar os parabéns por mais uma campanha vitoriosa da Gracie Humaitá.

Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/07/26/Saulo-Ribeiro

Senhor de 70 anos luta MMA e quebra recorde

John Williams marcou a história do MMA no dia 24 de julho, em Moncton, Canadá. O senhor de 70 anos se tornou a pessoa mais velha a competir no MMA profissional, enfrentando Larry Brubaker de 49, ex-wrestler profissional. Mas não pense que o caminho até lá foi fácil. O lutador levou cinco anos para conseguir a sonhada luta. Mesmo quando Williams tinha 65 anos, a Comissão Atlética local não era muito a favor que ele lutasse. Apesar de ter competido no Judô desde os sete anos de e se manter atualizado em seminários como o de Royce Gracie, as Comissões oficiais não o achavam capacitado.


Williams passou por todos os tipos de teste médico que você possa imaginar para provar sua capacidade física e a resposta do seu corpo quanto aos movimentos, fez diversos exames de sangue, ficou 24h com o coração monitorado e passou por mais uma dezena de testes. Sua pressão estava ótima e o coração mostrava batimentos cardíacos de causar inveja a um maratonista. Mesmo assim, ninguém queria deixar uma pessoa de idade entrar no ringue, então Williams buscou outro caminho. “Eu peguei informação sobre discriminação por conta da idade da pessoa, e percebi que, se esse é meu trabalho e eu ainda sou fisicamente capaz de realizá-lo, então pela lei não teria jeito no mundo deles me impedirem de lutar“, disse o “setentão” ao site MMAfighting.com.

O canadense foi inteligente ao abordar a questão do preconceito, já que se demonstrou capaz de realizar uma luta e a estratégia deu certo. A Comissão percebeu que estava lutando por uma causa perdida e acabaram cedendo. Um obstáculo a menos. A próxima tarefa de William era arrumar um adversário. Quando seus projetos de achar um oponente estavam ficando já sem esperanças, um lutador se candidatou do bom e velho jeito, como o Williams explicou. “Eu comprei um carro e tive um desentendimento sobre o pagamento com o dono da autorizada, quase chegamos as vias de fato. Meu filho, que também havia comprado um carro com ele, estava passando pelo local quando ele perguntou: “Eu ouvi dizer que ele quer um cara pra lutar contra ele no ringue, então por que ele não luta comigo e a gente acerta as nossas diferenças?”. Era Larry Brubaker, ex-wrestler e dono da loja de carros.

A luta em si não foi boa para o John William, que foi finalizado no segundo round com uma chave calcanhar, mas o que ficou marcado mesmo para o guerreiro foi a emoção de subir no ringue e se sentir renovado a cada dia. “A questão é viver isso. E eu te digo, eu me senti muito ativo quando entrei naquele Cage, um ser humano de novo. Você fica com aquilo na cabeça, das pessoas acharem que você não sabe mais as coisas por ter 70 anos. Eu gosto de Eminem e de rap... Mentalmente, eu me sinto igual me sentia quando tinha 10 anos, gosto dos mesmos carros, das mesmas mulheres. Nada mudou, mas tem esse estereótipo de pessoa velha. Não eu, pois fui um lutador minha vida toda. Você só tem uma vida e quando acaba, é pra sempre. Se você é lembrado pelas pessoas por algo, então é como se você fosse imortal”, encerrou William.

Fonte:http://www.tatame.com.br/2010/08/03/Senhor-de-70-anos-luta-MMA-e-quebra-recorde

2 de ago. de 2010

Veja quem são os brasileiros que estarão no UFC 117

No próximo sábado (7) o mundo assistirá a um evento histórico. Nunca antes o UFC teve brasileiros contra norte-americanos em suas cinco lutas principais da noite.


A rivalidade entre os dois países com mais representantes entre os atuais campeões das cinco categorias do UFC estará ainda mais em evidência. Só a categoria meio-leve não tem um lutador de um dos dois países no topo, já que o canadense Georges St. Pierre é o melhor. No peso leve e no pesado, os detentores do cinturão são, respectivamente, os americanos Frank Edgar e Brock Lesnar. Já os brasileiros Maurício Shogun Rua e Anderson Silva dominam as categorias peso meio-pesado e peso médio.

Anderson Silva, aliás fará a principal luta do próximo sábado. Ele defenderá seu cinturão pela sétima vez, agora contra Chael Sonnen. Os outros brasileiros no evento são Thiago Alves, o “Pit Bull”, que terá a revanche contra John Fitch na categoria meio-médio (até 77 kg), Rafael dos Anjos luta com Clay Guida na categoria peso leve (até 70 kg), Ricardo Almeida, o “Cachorrão”, enfrenta a lenda do UFC Matt Hughes, e Junior dos Santos, o “Cigano”, encara Roy Nelson.

Saiba mais sobre os cinco brasileiros:

Anderson Silva


É um dos melhores lutadores da história do vale-tudo. Está invicto no UFC e não perde uma luta desde 2006. No UFC 117 ele defende o cinturão no peso médio pela sétima vez, um recorde no evento. O paulista tenta apagar a má impressão deixada depois de sua última luta, no UFC 112, quando venceu o também brasileiro Demian Maia por pontos mas deixou o octógono criticado pela falta de profissionalismo depois de ter até xingado seu adversário durante o combate.

Thiago Alves, o Pit Bull

Sem lutar há mais de um ano, o cearense finalmente terá a revanche contra o americano John Fitch, que venceu o primeiro duelo entre os dois em 2006. A luta foi adiada três vezes por contusões dos dois lutadores. Esta havia sido a última derrota do brasileiro até perder para o canadense Georges St. Pierre no UFC 100, em julho de 2009, no combate que valia o cinturão da categoria meio-médio.

Rafael dos Anjos

Está em um bom momento na carreira, se recuperando das duas derrotas nas primeiras lutas que fez no UFC. Tem o jiu-jitsu como principal arma e vem de três vitórias consecutivas na categoria peso leve. Uma vitória contra Clay Guida coloca o carioca de 25 anos entre os primeiros na lista para desafiar Frank Edgard pelo cinturão da categoria.

Ricardo Almeida, o “Cachorrão”

Aos 33 anos, “Cachorrão” já é um veterano no UFC. Estreou na edição 31 do evento, em 2001. Desde então passou pelos principais campeonatos de vale-tudo no mundo até voltar ao UFC em 2008. Vem de três vitórias consecutivas, a última delas na edição 111, em 27 de março deste ano, sobre o norte-americano Matt Brown.

Junior dos Santos, o “Cigano”


É uma das maiores promessas da categoria peso-pesado do UFC e dos irmãos Nogueira, Minotauro e Minotouro, que são seus padrinhos no vale-tudo. Treina jiu-jitsu com Demian Maia, pentacampeão mundial e que também está no UFC. Se vencer o combate contra Roy Nelson no próximo sábado, “Cigano” se estará entre os principais candidatos a desafiar o americano Brock Lesnar pelo cinturão da categoria.
 
Fonte:http://esportes.r7.com/mais-esportes/noticias/veja-quem-sao-os-brasileiros-que-estarao-no-ufc-117-20100702.html