28 de mar. de 2010
O treinamento
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Sempre que pensamos em melhorar em algo, procuramos praticar aquilo varias vezes para que a prática nos leve a perfeição. Mais e fisicamente? Vamos praticar várias vezes também? Então vou fazer mil repetições de supino para que possa tirar o oponente de cima de mim durante os “100kg”? Ou vou buscar um treinamento físico que melhore isso? Sendo que o que vem a ser um treinamento físico?
O treinamento deve em primeiro lugar ser um facilitador, a função do treinamento físico é facilitar o atleta ao máximo a dar 100% dele mesmo na hora em que precisar, e recuperar o mais rápido possível para poder dar os 100% novamente. E como o treino é um facilitador ele também deve ser facilitado para o atleta.
Pensando logicamente, vou pegar um atleta de jiu jitsu de 60 kg e vou colocar para treinar com um de 90kg todos os dias, por que ai no dia da luta o de 60kg vai se sentir super confortável com um cara do mesmo peso, pensando: “se eu raspo um cara de 90kg, o de 60kg eu jogo na arquibancada!”. Ou seja, ele e vai achar o adversário “moleza” em comparação com o cara que ele treinava. Mais não é bem por ai.
Alguns atletas costumam malhar para ganhar um bom condicionamento físico. E o problema esta justamente ai, no “malhar”. Lembro que quando eu era pequeno existia uma brincadeira, no Domingo de Páscoa, agente enchia as roupas de jornal e criava um boneco, chamado de “Judas” a brincadeira era “malhar o Judas”, pegávamos cabos de vassouras e batíamos no boneco até destruí-lo. E é isso que me vem à cabeça ao ver as pessoas “malhando”, elas fazem de tudo para chegar a um resultado, que acreditam ser positivos. Mais o nosso corpo não é igual ao do boneco, foi feito para ser bem cuidado, ser treinado e não “malhado”.
Cada pessoa, cada atleta temo seu estado de treino, que é como ela se encontra naquela hora. E tem seus limites. Fazer um treino onde acabamos sem conseguir falar de tão cansado, é como ligar uma bomba relógio, pois nessa hora o coração não da mais conta da necessidade de oxigênio exigida pelo organismo, a pessoa começa a respirar cada vez mais forte, porque a demanda de oxigênio não esta sendo suficiente, ela gasta mais oxigênio do que entra no seu organismo, ou seja: estamos em débito. E se não é bom ficar em débito no banco, imagine no nosso coração!
Além disso, nem sempre mais é melhor, quanto mais peso pegar, quanto mais exercícios fizerem, ou quanto mais repetições fizerem, não quer dizer que esta melhorando fisicamente. Como já disse o treino é um facilitador, porque complicar algo que já é difícil?
O treino tem que ser elaborado e montado baseado em evidencias, fundamentado em fisiologia e treinamento desportivo, não adianta termos a mão equipamentos de ultima geração, câmeras barométricas, treinamento de altitude, snorkel e kettlebel, se o treinador não saber a ciência por traz do treino. Vamos começar com um simples monitor cardíaco, treinando na freqüência que é pré-determinada para o individuo.
Para quem nunca fez nada qualquer treino imposto a esse individuo vai gerar melhora, mais isso não significa dizer que ele é treinado. Se eu pegar uma pessoa que nunca fez atividade física e colocar todo o dia para subir uma escadaria com 1000 degraus, um dia ela vai subir sem cansar, e daí por diante tende a subir mais rápido, e melhorar um pouco o condicionamento, pois qualquer coisa ajuda, já que ela não fazia nada. Mais isso não quer dizer que ela esteja em um bom nível de treinamento, a não ser que ela vá competir subida de escada! Correr faz bem, mas correr também faz mal, dependendo do nosso nível de treinamento e da quantidade de esforço que vamos nos submeter durante essa corrida.
Por falar em correr, vamos ver a especificidade desse exercício para as lutas, a especificidade do treino é fundamental para melhorarmos no esporte. Alguém já viu lutador de jiu jitsu correndo na hora da luta? Então a especificidade é Zero, gás de jiu jitsu se pega treinando jiu jitsu, não correndo. O treino de jiu jitsu (o “rola” em si) associado a um bom treino físico, exercícios específicos de musculação bem configurados (quando digo configurados, falo em relação ao número de exercícios, séries, repetições e intervalos), alimentação e descanso, muito descanso, faz com que o individuo não canse, o seu coração sempre suprira a demanda de oxigênio exigida pelo corpo. Mais o que acaba acontecendo é que o atleta treina de forma errada (malha o Judas), come errado e fica só nos suplementos (tudo que ele ingere em pó colorido existe na comida sadia), e não descansa, ai “morre” no gás e diz que tem que correr para melhorar.
Muitas vezes achamos que temos que correr mais, treinar mais, tomar mais produtos, quando na verdade só temos que mudar nossa forma de treinar para podermos evoluir fisicamente e não “malhar o Judas”.
*Ítallo Vilardo, é faixa-preta de Jiu-Jitsu da equipe Brasa e professor de Ed. Física e preparador físico de atletas de Judô, Jiu-Jitsu e MMA.
treinamento@itallovilardo.com
Fonte: http://www.tatame.com.br/2009/09/01/O-treinamento
Exercícios de Propriocepção e Desempenho
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Por Rafael Alejarra
As lesões tanto nos membros inferiores ou superiores são comuns nas lutas. Dentre elas estão lesões ligamentares e musculares. Para preveni-las e melhorar seu desempenho, dê mais atenção aos exercícios de propriocepção. Os parâmetros de força e velocidade musculares não são suficientes quando avaliados isoladamente. É preciso aplicá-los de forma funcional e para isso é preciso o treino de propriocepção através de exercícios específicos para o esporte. Assim teremos os objetivos de uso dos diferentes tipos de exercício:
a) força: para re-equilíbrio e recuperação do desgaste muscular;
b) alongamento: para reverter a rigidez muscular;
c) propriocepção: para melhora do controle neuromuscular e prevenção de lesões.
Os exercícios de propriocepção devem seguir algumas especificações:
a) usar os movimentos próprios do esporte;
b) podem ser feitos na areia ou em ambiente seguro que permita fazer os movimentos da forma com que serão usados nos combates.
c) o aumento de progressão se dá com redução do apoio bipodal para unipodal (um pé);
d) a duração de cada exercício aumenta progressivamente conforme o desenvolvimento do atleta.
Dessa forma, durante a temporada, os exercícios de propriocepção destacam-se por permitir melhora do controle neuromuscular e assim, melhor desempenho, enquanto os demais exercícios são utilizados para manutenção do condicionamento físico.
*Rafael Alejarra, preparador físico de nomes como Demian Maia e Cris Cyborg, entre outros. Mais informações podem ser encontradas em seu twitter @alejarramma ou site www.mmaconditioning.tv
Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/01/23/Exercicios-de-Propriocepcao-e-Desempenho
O perigo das dores pós-treino
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Por Rafael Alejarra
É bem comum atletas reclamarem de dores musculares após ou até mesmo antes de alguns treinamentos. Mas, o que causa essas dores? Pode ser eles físicos ou técnicos, vamos abordar esse tema num pequeno artigo sobre Dor Muscular Tardia (DMT).
Depois de um tempo sem treinos, depois de um exercício exaustivo ou de uma atividade física que não esteja acostumado, pode aparecer aquela dor que geralmente é considerada normal. Mas não é. Dor nunca é normal! A essa dor, damos o nome de Dor Muscular Tardia (DMT).
Ela é decorrente de microlesões musculares que podem ocorrer tanto após exercícios de contração muscular quanto alongamento. Os exercícios que provocam a DMT são os excêntricos e aqueles que provocam sobrecarga mecânica. Dizer que a DMT está relacionada ao acúmulo de ácido lático não tem fundamento.
A DMT também não está relacionada à fadiga. Ela aparece após algumas horas e tem maior intensidade entre 24 e 48 horas após a atividade física. Durante esse período, o músculo sofre perda da capacidade de suportar tensões e logo, a carga de exercícios deve ser menor. Por isso, é de máxima importância o cuidado com o descanso, pois não podemos esquecer que o um bom descanso muitas vezes é melhor que um treino ruim.
*Rafael Alejarra, preparador físico de nomes como Demian Maia e Cris Cyborg, entre outros. Mais informações podem ser encontradas em seu twitter @alejarramma
Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/01/04/O-perigo-das-dores-pos-treino
Mente ágil, Jiu-Jitsu eficiente
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Por Luiz Victor*
Numa luta é possível ver nitidamente que alguns lutadores chegam a determinadas posições e nada mais fazem. E se fazem, é porque foram retirados dessas posições ou obrigados a fazerem algum movimento de defesa. A mente do lutador na hora da luta não pode parar, tem que estar atenta aos movimentos do seu oponente, sempre um movimento a frente. E a medida que sua movimentação, aconteça de forma espontânea em resposta a movimentação de seu adversário, o lutador certamente irá vencer seu oponente, impondo seu ritmo de luta e finalizações.
Quando você entra num combate pensando apenas em “amarrar” a luta ou não tomar um determinado golpe, que você julga ser indefensável de seu adversário, muitas vezes escutamos avisos sobre determinadas finalizações ou raspadas executadas por aquele lutador especificamente, a sua mente certamente irá parar quando esse momento da luta chegar, e então você não consegue realizar mais nenhum movimento, certamente se tornando um alvo fácil. Essa imobilidade vem de não se ter uma mente ágil, que tenha movimentos já pré-determinados para dar uma fluidez a sua rotina de luta.
Quanto mais sua mente estiver focada na luta, pensando nas possibilidades de ataque e defesa naquele momento presente, maior fluidez terá o seu jiu-jitsu e mais calma você terá para desenvolver sua luta, essa calma na prática resulta em maior rendimento e acertos de seus movimentos, o ideal é que você traga seu oponente para as posições que você se sente seguro e com bom controle da situação e de qualquer variação que possa ocorrer dali.
A luta ocorre primeiramente no plano mental, estratégias bem definidas são os suportes de grandes vitórias, a avaliação exata de seu oponente, também é de grande valia principalmente para o lutador que corre campeonato. Mesmo em treinos entre amigos, certamente seu jogo deve variar para cada lutador, de acordo com o seu biótipo, nível técnico e até mesmo seu aeróbico naquele momento e esse exercício é importante, porque vai deixando sua mente versátil, ágil e pronta para montar uma estratégia mais adequada para cada lutador que se apresente para lutar com você.
O lutador que pensa em apenas “parar” um movimento, ou só consegue imaginar a luta até aquele momento, para ele a luta acabou ali. Sua mente não consegue mais delinear um caminho ofensivo ou defensivo e certamente ele perderá, mantendo a mente ágil seu jiu-jitsu será cada vez mais fluido e eficiente.
*Luiz Vitor é faixa-preta de Jiu-Jitsu e líder da equipe Geração Arte Suave (GAS JJ)
site: www.geracaoartesuave.com.br
e-mail: geração.artesuave@yahoo.com.br
twitter: @gasjj
blog: http://blog.tatame.com.br/blog-do-gas
Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/01/20/Mente-agil-Jiu-Jitsu-eficiente
27 de mar. de 2010
O fim da orelha de couve-flor?
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Lesão que costuma tornar-se rótulo para identificar lutadores e gera deformidade permanente no pavilhão auricular (orelha) é o hematoma auricular, conhecido popularmente como orelha de couve-flor. Atletas de Jiu-Jítsu, Judô, Boxe, Luta Olímpica, MMA, dentre outras modalidades, tinham de lidar para sempre com o problema e, geralmente, mesmo os que realizavam cirurgia plástica, reclamavam que a orelha não voltava ao normal como era antes da lesão.
Tivemos em primeira mão acesso a um estudo promissor aceito este ano, que será publicado ano que vem por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Miami (Flórida - EUA). Nele, os autores descreveram uma técnica para ser utilizada em situação emergencial, evitando que os atletas fiquem com deformidade permanente. Foram drenados oito hematomas auriculares de atletas profissionais de MMA. Todas as 8 orelhas retornaram ao seu estado inicial pré-lesão. Os lutadores foram liberados para retornar aos treinos em apenas uma semana. Nenhuma infecção ou qualquer complicação pós-operatória foram observadas.
Resumo da técnica:
Após a evacuação do hematoma, a pele foi substituída e foram acomodadas as partes resultantes de acordo com a posição anatômica da orelha, por meio de suturas absorvíveis para garantir a estabilidade no local. As incisões foram preenchidas com pomada antimicrobiana. Além disso, os lutadores foram tratados por uma semana com antibioticoterapia oral.
Os pesquisadores concluíram o estudo afirmando que a nova técnica foi bem-sucedida não só pela excelente recuperação, evitando a deformidade permanente dos atletas profissionais de MMA, como também pelo fato de interromper por pequeno período a rotina de treinamento desse grupo de atletas.
* Leandro Paiva é autor do livro “Pronto Pra Guerra – Preparação Física Específica para Luta & Superação”
Site oficial do livro: www.prontopraguerra.com.br
Blog oficial do livro: www.prontopraguerra.blogspot.com
Referência: Roy,S.; Smith, L. A novel technique for treating auricular hematomas in mixed martial artists (ultimate fighters). American Journal of Otolaryngology, v.31, n.1, p.21-24, 2010.
Fonte:http://www.tatame.com.br/2009/12/04/O-fim-da-orelha-de-couve-flor
Jiu-Jitsu: Treinamento aeróbio com exercícios específicos
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Há muita discussão referente à necessidade de serem utilizados exercícios e métodos para desenvolver aptidão aeróbia* de lutadores. Há poucos anos, diversos autores ainda classificavam as lutas como modalidades predominantemente anaeróbias** e, por isso, muito do treinamento aeróbio era negligenciado e, de fato, muitos técnicos e preparadores orientavam os atletas para não priorizar esse trabalho. Em investigações mais recentes, observou-se que a contribuição aeróbia para o exercício é acionada antes do que se pensava, repercutindo que, nas lutas, a predominância seja aeróbia e não anaeróbia (apesar de a aptidão anaeróbia ser determinante para o desempenho).
Logo, para encurtar discussões mais longas referentes a isso, ressaltamos que o treinamento aeróbio é essencial para lutadores. A pergunta certa não é se deve fazer, mas quando e como realizá-lo. Exercícios não específicos como corridas contínuas, ciclismo, natação, sprints (ou “tiros”) de corrida são bons referenciais para que o atleta atinja boa base de aptidão aeróbia. No entanto, existe pouca transferência desses exercícios para a realidade de um combate, incutindo que meios e métodos alternativos de treinamento sejam utilizados para que se atinja com plenitude o objetivo, ou seja, desenvolver aptidão aeróbia em posições ou golpes específicos do Jiu-Jítsu.
*exercícios de característica aeróbia: podem ser classificados nesse contexto os exercícios realizados com duração superior a 45 segundos;
**exercícios de característica anaeróbia: podem ser classificados nesse contexto os exercícios de curta duração (até 10 segundos) e de duração intermediária (entre 15 e 45 segundos).
Para simplificar, segue exemplo prático de treinamento aeróbio com exercícios específicos para atletas de Jiu-Jítsu:
Obs: Para atingir a zona de trabalho recomendada, sugerimos que seja monitorada a freqüência cardíaca do lutador, utilizando-se um cardiofrequêncímetro (Ex: marca Polar). Aconselha-se que o treinamento aeróbio seja realizado de uma a no máximo três sessões semanais e nos dias em que não houver trabalho de preparo físico com ênfase em força e potência muscular e/ou treino técnico de luta, em intensidades elevadas.
O trabalho com exercícios específicos deve ser realizado de 100-130% do VO2 máx. (potência aeróbia máxima), ou seja, acima de 180-190 bpm (batimentos por minuto). É recomendado que seja realizada avaliação física e médica antes de iniciar esse trabalho, pois os exercícios realizados nessa zona implicam sobrecarga ao aparelho cardio-respiratório, que, em geral, somente atletas de elite suportam. O atleta deve realizar 4 vezes a sequência dos exercícios-exemplo propostos adiante, sem intervalo para descanso após cada sequência. Atenção: após realizar os cinco exercícios específicos se considera que foi realizada uma sequência completa!
1.º) Após 5-10 minutos de aquecimento, o atleta realiza durante 45 segundos com o máximo de velocidade e com o companheiro de treino se deslocando bastante, exercício de entrada de queda ou Uchi-Komi e, logo após, recuperação ativa: corrida por 45 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);
2.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos com o máximo de velocidade, o exercício de entrada de queda denominado de Tackle, no qual suspende o companheiro de treino, porém, não o projeta ao solo. Mais uma vez, o companheiro de treino deve se deslocar bastante. Logo após o exercício específico, realiza recuperação ativa: corrida por 45 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);
3.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos o exercício de raspagem de gancho com o máximo de velocidade. Logo após, realiza recuperação ativa: corrida com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);
4.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos o exercício de subida para abrir a guarda do adversário com o máximo de velocidade. Logo após, realiza recuperação ativa: corrida com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);
5.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos o exercício de supinar o adversário com o máximo de velocidade. Logo após, realiza recuperação ativa: corrida com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto).
Por Leandro Paiva, autor do livro “Pronto Pra Guerra”
Site oficial do livro: www.prontopraguerra.com.br
Blog oficial do livro: http://prontopraguerra.blogspot.com
Referência: Paiva, L. Pronto Pra Guerra: Preparação Física Específica Para Luta e Superação. Amazonas: OMP Editora, 2009.
Fonte: http://www.tatame.com.br/2009/11/09/Jiu-Jitsu--Treinamento-aerobio-com-exercicios-especificos
Qual finalização exerce mais pressão?
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Muitas vezes ouvimos na academia que tal golpe exerce mais pressão sobre o adversário do que outro, de acordo com a técnica e/ou força aplicada somada à posição dos atletas. Um estudo recente foi realizado para descobrir, utilizando técnicas de estrangulamento do Jiu-Jítsu e Judô, se essas afirmações condizem com a realidade dos fatos. Para isso, avaliaram a pressão “nos olhos” (intraocular) de nove lutadores de Jiu-Jítsu em dois golpes de finalização: estrangulamento frontal "da guarda" e estrangulamento frontal "da montada".
Os atletas foram encorajados para suportar o golpe por dez segundos ou poderiam sinalizar desistência caso sentissem que não poderiam tolerar o estrangulamento, ou ainda pela interrupção realizada pelos próprios avaliadores, caso suspeitassem que o voluntário estivesse em risco. Observaram que houve associação entre a técnica de estrangulamento e a variação da pressão “nos olhos” do grupo estudado.
Após a aplicação dos dois diferentes tipos de estrangulamento a pressão reduziu, sendo que no estrangulamento "da montada" a diminuição da pressão “nos olhos” foi significativamente maior do que no estrangulamento "da guarda", sugerindo que, possivelmente, esse golpe seja mais rápido e/ou eficaz para obrigar o adversário a sinalizar desistência do combate.
Fonte:Leandro Paiva Foto Eduardo Ferreira
Original: http://www.tatame.com.br/2009/12/18/Qual-finalizacao-exerce-mais-pressao
Preparação Física no Jiu-Jitsu ou parte técnica:
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Muitas vezes escuto diversos atletas de elite afirmar que, para eles, o elevado preparo físico é o fator principal que os distingue de outros atletas de nível inferior.
Claro que o preparo físico garante o lastro necessário para melhor desempenho técnico-tático. Contudo, será que nas lutas, no alto nível, ou seja, atletas de elite (com títulos relevantes em competições oficiais) ou “superelite” (colocados somente em primeiro lugar em competições relevantes e oficiais), a preparação física é mais importante (ou relevante) que a preparação técnico-tática?
Bom, pelo menos no caso específico do Judô e Jiu-Jítsu, estudos prévios mostram que a técnica ainda é o diferencial entre atletas de alto nível. No Judô, por exemplo, foi observado por intermédio de avaliação física, que não havia entre os titulares e reservas da seleção olímpica brasileira (atletas de elite e “superelite”) diferenças físicas significativas entre eles, sugerindo que o principal aspecto que os distinguia era técnico-tático e/ou psicológico.
Além disso, nessa modalidade (ainda no alto nível), comparando atletas juniores faixa marrom com seniores faixa preta, observou-se que, enquanto os lutadores graduados com a faixa marrom projetavam, em média, para 2 direções diferentes, os seniores faixa preta projetavam para 3. No Jiu-Jitsu, um grupo de pesquisadores conduziu estudo com 23 atletas, no qual realizaram avaliação física para verificar se os aspectos relacionados ao preparo físico (força, resistência muscular, etc.) poderiam ser correlacionados com desempenho vitorioso nesse esporte. Por fim, concluíram que maior nível técnico poderia ser correlacionado ao melhor desempenho e não, especificamente, às características físicas.
Concluo esse artigo, baseado nas evidências, recomendando que, na dúvida, treinem mais e corrijam aspectos técnico-táticos do treinamento. Apesar da relevância primordial nas lutas, a preparação física deve ser considerada complementar e não a atividade principal do planejamento do atleta de alto rendimento.
Fonte: http://www.tatame.com.br/2010/03/23/Preparacao-Fisica-no-Jiu-Jitsu-ou-parte-tecnica-
Artigo de Leandro Paiva que é colaborador especial da TATAME, autor do livro Pronto Pra Guerra, mantém um Blog diário e possui um canal de TV abordando todos os aspectos da preparação de lutadores.
22 de mar. de 2010
Jiu Jitsu: A válvula de escape.
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O ser humano é uma panela de pressão, exatamente. Ainda que haja pessoas extremamente calmas, é certo afirmar que todo ser humano é uma panela de pressão. Acontece que alguns funcionam a fogo baixo enquanto outros vivem sob labaredas gigantes.
Cabe a nós encontrarmos as válvulas de escape, o maior número possível. O choro, por exemplo, é uma importante válvula de escape do nosso corpo. Assim como o choro, outras coisas não devem ser contidas, algumas formas de expressas o que sentimos são fundamentais para que não haja um verdadeiro colapso em nosso interior.
Mas, o que o Jiu Jitsu tem a ver com tudo isso? O Jiu Jitsu é uma arte de origem questionada. Uns dizem ser da índia enquanto outros afirmam ser originária do Japão, mas, uma coisa é certa, foi no Brasil que ela foi desenvolvida, pela família Gracie. E essa arte, conhecida em todo o mundo, é a minha válvula de escape, minha e de milhares de praticantes da arte.
Eu jamais negarei que uma boa porcentagem dos praticantes do Jiu Jitsu são pessoas violentas, que usam a arte para agredir outras pessoas de forma covarde e estúpida. Mas eu preciso dizer que presenciei pessoas que melhoraram absurdamente o emocional e psicológico através do Jiu Jitsu. Hoje, grande parte dos praticantes utilizam o Jiu Jitsu para fins de melhoria de vida.
Existe ainda uma visão distorcida por meio de algumas revistas, programas de televisão (que prefiro nem citar aqui o nome) que julgam o Jiu Jitsu como responsável pelos atos violentos de seus praticantes, além disso, julgam de forma muito generalizada. Quero dizer a você caro leitor, que, o Jiu Jitsu não gera violência na pessoa. Uma pessoa, que já tem a natureza violenta, apenas usará a arte como forma de agredir, porém, por ela já ser violenta, ela poderia e pode usar muitas outras formas de exteriorizar essa violência. Se não for com o Jiu Jitsu, será com uma arma na mão, ou na direção de um veiculo e etc. O problema está na mente doentia do praticante da arte e não na arte. Se o Brasil proibisse hoje a pratica do Jiu Jitsu, ou qualquer arte marcial, em todo o território nacional, nós iríamos, enfim comprovar, que os números da violência continuariam os mesmos, pois, como já disse, outras formas de usar essa violência surgiriam.
Os benefícios do Jiu Jitsu são indiscutíveis. Esse esporte além de proporcionar uma ótima condição física, melhora a auto-estima, gera segurança, controle emocional e arrisco a dizer até mesmo amor próprio. Lembro-me que quando comecei a praticar esta arte, estava com sérios problemas emocionais e não houve um dia, um só dia, que entrei no tatame e meus problemas entraram junto comigo. Ao pisar no tatame é simplesmente impossível se lembrar das mágoas, passado, problemas, frustrações e mais uma série de coisas que fazem a pressão dessa panela, que é o homem, subir.
Muitos dizem que é loucura, gostar de tomar porrada, ficar se arrastando e coisas assim. Eu digo que os golpes mais fortes que podemos tomar não são aqueles que atingem nosso físico, são os que atingem o emocional e geralmente é a vida que se encarrega de nos dar esses golpes, que nos balançam, podendo nos deixar no chão por muito tempo, ou quem sabe, para sempre. Quem já experimentou a dura série de golpes das palavras e atitudes alheias, sabe que socos e chutes são cicatrizáveis, enquanto as palavras geram feridas que podem machucar por uma vida inteira. Conheci pessoas que só conseguiram escapar de um nocaute emocional depois de levaram literalmente um nocaute por causa de um soco ou uma finalização.
Quando os monges criaram o Jiu Jitsu, criaram para que homens fracos e pequenos pudessem derrubar e vencer verdadeiros brutamontes. Quem viu Royce Gracie com 80 kg vencendo homens de mais de 100 kg no jaula do UFC sabe do que estou falando.
Os monges faziam extensas viagens entre a Índia e a China, e nesses caminhos, o número de assaltantes era assustador, porém, os monges não podiam revidar contra os criminosos por dois motivos: não podiam usar a violência e não tinham condições físicas para vencer os assaltantes. Então criaram a arte suave (que é o Jiu Jitsu ao pé da letra) para imobilizar os adversários.
Às vezes somos tão pequenos diante dos problemas desta vida, nos sentimos tão frágeis que pensamos que não há mais solução, não há saída. O verdadeiro lutador, não o brigador, se torna uma mente mais forte para os desafios, sabe que lutar é melhor que desistir e que quanto maior o adversário, maior a glória da vitória.
Sim, o homem precisa de uma válvula de escape, o Jiu Jitsu é uma delas, e importante, não é por acaso que o MMA (estilo de luta originário do Jiu Jitsu Brasileiro) é hoje o esporte que mais cresce no mundo.
“Verás que um filho teu não foge à luta...” Hino nacional brasileiro
Publicado no Recanto das Letras em 24/04/2009
Código do texto: T1556945
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Saulo Kohler da Cruz). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
16 de mar. de 2010
A DIETA DO LUTADOR DE JIU JITSU
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A nutrição do lutador de jiu-jitsu, e de qualquer outro atleta, pode melhorar o seu desempenho e reduzir o cansaço, permitindo que o indivíduo treine por um maior período de tempo, além de auxiliar numa recuperação rápida e eficiente após a atividade física. Em decorrência deste comprovado benefício, o atleta deve ter uma dieta equilibrada que forneça todos os nutrientes essenciais ao organismo, em quantidades adequadas. A combinação destes, garante o equilíbrio necessário para o atleta. Em cada refeição, o atleta deve ingerir pelo menos um alimento de cada um dos 3 grupos abaixo:
Construtores - são os alimentos que ajudam a aumentar a massa muscular (constróem). São as proteínas encontradas nas carnes, frangos, peixes, ovos, leite e derivados;
Energéticos - são os alimentos que fornecem energia para o corpo utilizar na hora do treino. São os carboidratos, encontrados nas massa, pães, batata, mandioca, inhame, mandioquinha;
Reguladores - são alimentos que regulam o organismo, fazem com que ele funcione adequadamente. São todos os vegetais e frutas existentes.
O QUÊ COMER ANTES DO TREINO?
A alimentação antes do treino é muito importante para garantir a energia necessária para a atividade física. O atleta pode realizar uma pequena refeição 1 hora antes do treino ou uma grande refeição (evitando excesso de gorduras e fibras, que retardam a digestão) até 3 horas antes. Seguem-se alguns exemplos de cardápios:
1 hora antes - pão de forma ou francês com fatia fina de queijo branco e peito de peru ou bolachas de água e sal com pouco requeijão light ou queijo cottage. 3 horas antes - arroz ou macarrão com pouco molho, batata ou mandioca cozida, pedaço pequeno de peito de frango sem pele grelhado, suco de limão ou melão.
O QUÊ COMER DEPOIS DO TREINO?
Nesta fase torna-se necessária a ingestão de alimentos ricos em carboidratos para repor o gasto muscular, facilitando a recuperação do indivíduo. Esta refeição deve ser feita após 2 horas (no máximo) do término do exercício, pois este é o período em que o estímulo para a reposição de energia está acentuado.
Exemplo de cardápio (almoço ou jantar): arroz ou macarrão / batata, mandioca, mandioquinha, cará ou inhame / frutas secas ou frescas / suco de frutas / espinafre, brócolis, couve-flor ou outros legumes / peixe ou frango Exemplo de cardápio (lanche): sanduíche natural - pão de forma branco ou integral, peito de frango desfiado, queijo cottage, cenoura ralada, alface e tomate / suco de frutas.
FONTE: http://www.saudenarede.com.br/?p=av&id=Jiu-Jitsu
11 de mar. de 2010
9 de mar. de 2010
TÉCNICAS E GOLPES
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O jiu-jitsu possibilita a um adversário mais fraco vencer um adversário mais pesado através do uso de uma boa técnica. O praticante de jiu-jitsu aprende golpes que forçam o seu adversário a desistir da luta, sem que seja necessário machucá-lo.
Os golpes mais freqüentes no jiu-jitsu envolvem as articulações, estrangulamentos, imobilizações, torções e alavancas. Os golpes válidos são aqueles que procuram neutralizar, imobilizar, estrangular, pressionar, torcer articulações e lançar o adversário ao solo através de quedas. Existem, porém, golpes que não são válidos e são considerados desleais, como morder, puxar cabelo, enfiar os dedos nos olhos, atingir os órgãos genitais ou ainda torcer dedos.
Conheça algumas das técnicas mais aplicadas:
- Projeção/queda
É qualquer desequilíbrio do adversário que faça-o ser projetado ao chão, tanto de costas como de lado. Na luta em pé, é válido quando o adversário cai na área de segurança, desde que o atleta que aplicou o golpe tenha dado início ao mesmo com os dois pés dentro da área de combate.
- Baiana
O atleta agarra nas pernas do adversário levando-o ao chão.
Pegada pelas costas
Ocorre quando o atleta pega seu adversário pelas costas, apoiando os seus calcanhares nas coxas do adversário. Para valer ponto, os dois calcanhares devem obrigatoriamente estar pressionado a parte interna da coxa do adversário.
- Joelho na barriga
Ocorre quando o atleta que está por cima do adversário coloca o joelho na barriga dele. Nesse momento a outra perna deve estar flexionada, com os pés no solo. Além disso, é necessário segurar o braço, a gola ou a faixa do adversário, dominando-o completamente.
- Montada
Acontece quando o atleta monta em cima de seu adversário, deixando seus joelhos e pés no chão. O adversário poderá estar de frente, de lado ou até mesmo de costas. A montada poderá acontecer sobre um dos braços do adversário, mas nunca sobre os dois – nesse caso não será considerada válida.
- Raspagem
Ocorre quando o atleta que está por baixo, consegue prender o seu adversário dentro de suas pernas e rapidamente desequilibra-o para o lado, invertendo a posição. Só é considerado válido como raspagem se o golpe tiver início dentro da guarda ou meia guarda (prender o adversário por apenas uma perna).
Fonte: http://esporte.hsw.uol.com.br/jiu-jitsu.htm
Jiu-jitsu x Judô
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Enquanto o jiu-jitsu significa “técnica suave” , o judô, por sua vez é considerado o “caminho suave” para os japoneses. Ambos tiveram origem na arte de defesa pessoal desenvolvida pelos monges. Nenhum dos dois permite golpes traumatizantes e que comprometam a saúde dos atletas. E um complementa o outro. O jiu-jitsu para ser completo precisa aplicar em pé os conceitos do judô. Já os judocas, por sua vez, também precisam treinar a técnica de chão e imobilização do jiu-jitsu.
Fonte: http://esporte.hsw.uol.com.br/jiu-jitsu.htm
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Passagem de guarda
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É quando o atleta fica por cima do adversário. Ele pode até mesmo estar entre as pernas do adversário, preso ou não. Se ele estiver por cima de apenas uma perna e preso pela outra, é considerada “meia guarda”. A passagem de guarda propriamente dita ocorre quando o atleta toma o lugar do adversário, mantendo-o dominado e deixando-o de lado ou de costas para o chão.
Fonte: http://esporte.hsw.uol.com.br/jiu-jitsu.htm
8 de mar. de 2010
7 de mar. de 2010
JIU JITSU NAS OLIMPIADAS
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Jiu-Jitsu na Rio 2016: o sonho é possível?
domingo, 07 de março de 2010 - 17:57:01
Por Guilherme Cruz
Foto Anderson Fetter
Desde que o Jiu-Jitsu começou a ganhar força competitiva, com os grandes torneios se espalhando pelo país e pelo mundo, lutadores e professores desejam assistir aos grandes duelos da arte suave nos Jogos Olímpicos. Com a competição confirmada no Rio de Janeiro em 2016, o sonho ficou mais próximo de se tornar realidade. Mas, será que é possível?
Na Revista TATAME de março, a vendas nas bancas de todo o país e na TATAME Shop, fomos a campo para saber as reais chances do esporte se tornar Olímpico na cidade maravilhosa. Líder da Alliance, Romero Jacaré enxerga alguns pontos que precisam de mudança. “Tem que haver uma organização maior para atingir o status de esporte olímpico”, opina Jacaré.
PROFISSIONALIZANDO O AMADOR
Na matéria exclusiva, outros grandes nomes do esporte apontaram outros problemas que precisam mudar, a começar pelas confederações. Em seguida, batemos um papo com “Papa” John Gorman, que falou sobre a criação do Conselho de Grandes Mestres, que tem o intuito de tornar o esporte amador a fim de chegar às olimpíadas. Na entrevista, ele explica os planos e critica as confederações nacionais de Jiu-Jitsu.
“Queremos criar uma organização oficial para o esporte amador, para que possamos entrar nas Olimpíadas. Pelo que estamos fazendo agora, é o único jeito de o Brasil ter o Jiu-Jitsu como esporte Olímpico em 2016”, conta o faixa-preta, otimista. “Conheci pessoas no COB, Estados Unidos e Inglaterra e todos me disseram que, se conseguirmos fazer disso uma organização internacional, temos uma grande oportunidade”.
ORIGINAL SITE TATAME. http://www.tatame.com.br
6 de mar. de 2010
PRATICANDO JIU JITSU
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JIU - JITSU
Vantagens
- Trabalha e define principalmente a área superior do corpo, como braços, ombros, abdômem e quadril.
- Aumenta a resistência do organismo.
- Melhora a capacidade cardiovacular e respiratória.
Riscos
- Por ser um esporte de contato, há risco de acidentes, principalmente esbarrões.
- Os movimentos do jiu-jitsu visam torções nas articulações. Quando um praticante demora a desistir da luta, pode sofrer lesões musculares.
- Alguns golpes são de impacto e podem provocar lesões.
- A orientação adeqüada é fundamental para diminuir os riscos de lesões.
Observação: para calcular a sua freqüência cardíaca ideal, os médicos costumam recomendar usar a fórmula: 220 - idade = freqüência cardíaca máxima (100%). Na dúvida, consulte um médico.
Período mínimo para fazer efeito
- O praticante começa a sentir as diferenças no corpo e nas condições de luta entre 4 e 6 meses de prática do esporte, com uma freqüência de três vezes por semana.
Gasto calórico médio
- 550 Kcal/h, para praticantes com alguma experiência, que consigam completar a aula toda.
Quem deve fazer
- É indicado para quem procura um esporte que trabalhe simultaneamente o físico e a mente.
- É preciso passar por um exame médico antes de começar a praticar o jiu-jitsu.
- Não é indicado para pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios, pois exige bastante da condição física do praticante.
- Crianças até os oito anos não devem praticar o esporte.
Dicas do especialista
SO jiu-jitsu deve ser praticado sempre sob a supervisão de um professor responsável para que os alunos não sofram lesões. É preciso procurar um profissional competente - as qualificações podem ser procuradas nas federações de jiu-jitsu. É aconselhável que os pais assistam as primeiras aulas das crianças, para verem como o professor trabalha.
Fonte: Marcelo Pio Professor de jiu-jitsu da rede de academias Competition
5 de mar. de 2010
SEMINÁRIO JIU JITSU & MMA COM O LUTADOR "PATO" DA NOVA UNIÃO MARINGÁ
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ACONTECEU NO ULTIMO DIA 27 DE FEVEREIRO NA ACADEMIA SCHIMA COMBAT UM SEMINÁRIO COM TÉCNICAS DE JIU JITSU E MMA VOLTADO PARA DEFESA PESSOAL. O SEMINÁRIO FOI MINISTRADO PELO FAIXA PRETA DE JIU JITSU DE RODRIGO FEIJÃO (NOVA UNIÃO) MARCELO DONALD O "PATO" QUE ALÉM DE JIU JITSU LEVA O NOME DO BRASIL E DE MARINGÁ EM EVENTOS DE MMA PELO MUNDO. "PATO" DESPONTA COMO UMA DAS NOVAS PROMEÇAS BRASILEIRAS NO MUNDO DAS LUTAS.
O SEMINÁRIO CONTOU COM A PRESENÇA DE ATLETAS DE DIVERSAS ACADEMIAS DE MARINGÁ.
A MENSAGEM DO MESTRE
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”O Jiu-Jitsu que criei foi para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados e fortes. E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu-Jitsu de competição. Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade. Além de boa alimentação, controle sexual e da abstenção de hábitos prejudiciais à saude. O problema consiste na criação de um Jiu-Jitsu competitivo com regras, tempo inadequado e que privilegia os mais treinados, fortes e pesados. O objetivo do Jiu-Jitsu é, principalmente, beneficiar os mais fracos, que não tendo dotes físicos são inferiorizados. O meu Jiu-Jitsu é uma arte de autodefesa que não aceita certos regulamentos e tempo determinado. Essas são as razões pelas quais não posso, com minha presença, apoiar espetáculos, cujo efeito retrata um anti Jiu-Jitsu”
PALAVARAS DO PRÓPRIO HÉLIO GRACIE
HÉLIO GRACIE
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Lutador de jiu-jítsu paraense (1/10/1913-29/01/2009). Patriarca da família Gracie, responsável pela difusão do jiu-jítsu no Brasil. Neto de diplomata descendente de escoceses, Hélio Gracie nasce em Belém, onde passa a infância. Em 1914, o japonês Mitsuo Maeda, campeão mundial de jiu-jítsu, muda-se para Belém e Gastão Gracie o ajuda a se estabelecer na cidade.
Mitsuo ensina a luta aos filhos de Gastão, entre eles Carlos Gracie, irmão de Hélio, que se muda para o Rio de Janeiro e abre sua primeira academia, em 1925. Hélio tem vertigens, desmaios e problemas nas articulações, e é proibido de praticar jiu-jítsu, mas assiste a todas as aulas e depois de um ano se torna excelente professor teórico.
Tem a oportunidade de praticar quando o irmão se atrasa para uma aula - recebe elogios e assume a academia. Desenvolve o jiu-jítsu a ponto de essa modalidade ser considerada a mais eficiente arte marcial. Aos 17 anos luta pela primeira vez contra o boxeador Antônio Portugal e vence em 30 segundos.
A disputa mais longa da história também é vencida por ele, contra o ex-aluno Valdemar Santana, com duração de 3h45. Primeiro ocidental a derrotar um japonês, em 1932, luta até 1951, continuando depois a difundir o jiu-jítsu. Seus sete filhos são grandes lutadores, e um deles, Royce, é o maior ídolo de vale-tudo nos Estados Unidos (EUA).
A família tem academias no Rio e nos EUA, onde dá aulas para policiais e para atores como Mel Gibson, Chuck Norris e Rene Russo.
INTRODUCÃO DO JIU JITSU NO BRASIL
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No século XIX, mestres de artes marciais japonesas migraram do Japão para outros continentes, vivendo do ensino dessas artes e de lutas que realizavam.
Mitsuo Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um grande mestre de jiu jutsu e judô da Kodokan, nos primórdios deste, quando ainda era próxima a ligação destas duas artes, e muitas vezes se citava aquela por esta. Depois de percorrer vários países com seu grupo, chegou ao Brasil em 1915 e fixou residência em Belém do Pará, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Coma. Um ano depois, conheceu Gastão Gracie. Gastão era pai de oito filhos, sendo cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para aprender a luta japonesa.
Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no jiu-jitsu o meio de realização pessoal que lhe faltava. Com dezenove anos de idade, transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família, sendo professor dessa arte marcial e lutador. Viajou por outros estados brasileiros, ministrando aulas e vencendo adversários mais fortes fisicamente.
Em 1925, voltando ao Rio de Janeiro e abrindo a primeira Academia Gracie de jiu-jitsu, convidou seus irmãos Osvaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com quatorze anos, e Hélio Gracie, com doze. A partir daí, Carlos transmitiu seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à condição física franzina, característica de sua família.
Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
Detentor de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie vislumbrou no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Com o objetivo de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie desafiou grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.
Lutando contra adversários vinte, trinta quilos mais pesados, os Gracie logo conseguiram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio de Janeiro, porém nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu praticado por eles privilegiava somente as quedas (já vinham com a formação da Kodokam do mestre Jigoro Kano),já o dos Gracie enfatizava a especialização: após a queda, levava-se a luta ao chão e se usavam os golpes finalizadores, o que resultou numa espécie de luta livre de quimono.
Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial.
Anos depois, a arte marcial passou a ser denominada de Gracie jiu-jitsu ou Brazilian jiu-jitsu, sendo exportada para o mundo todo, até mesmo para o Japão.
Hélio Gracie passa a ser o grande nome e difusor do jiu-jitsu, formando inúmeros discipulos, dentre eles Flavio Behring e Caio Henrique Martins Lopes que mais tarde se tornaria um dos melhores de Campo Grande(MS), patriarca de outra grande dinastia familiar do Brazilian jiu-jitsu. George Gracie foi um desbravador, viajou por todo o Brasil, no entanto estimulou o jiu-jitsu principalmente em São Paulo, tendo como alunos nomes como Octávio de Almeida, Nahum Rabay, Candoca, Osvaldo Carnivalle, Romeu Bertho, dentre outros.
Royce Gracie e Rickson Gracie, filhos de Hélio Gracie, merecem um capítulo à parte pelo valor com que se impuseram como gladiadores e difusores da técnica e eficiência do jiu-jitsu nas arenas dos Estados Unidos e do Japão.
O jiu-jitsu hoje é o esporte individual que mais cresce no país: possui cerca de 350 mil praticantes com 1.500 estabelecimentos de ensino somente nas grandes capitais. Na parte de educação, o ensino do jiu-jitsu ganhou cadeira como matéria universitária (Universidade Gama Filho).
Com a criação da Federação de Jiu-Jitsu Brasileiro, as regras e o sistema de graduação foram sistematizados, dando início a era dos campeonatos esportivos. Hoje mais organizado, o Jiu-Jitsu Brasileiro já conta com uma Confederação e uma Federação Internacional, fundadas por Carlos Gracie Júnior como presidente (das duas entidades) e José Henrique Leão Teixeira Filho como vice-presidente da CBJJ, os dois partiram para uma organização nunca vista antes em competições de jiu-jitsu, as competições nacionais e internacionais que vem sendo realizadas, confirmam a superioridade dos lutadores brasileiros, considerados os melhores do mundo, e projetaram o jiu-jitsu ou brazilian jiu-jitsu, como a arte marcial que mais cresce no mundo atualmente.
Desde 1996, o Mundial de jiu-jitsu sempre foi disputado no Rio de Janeiro, exceto em 2007, quando ocorreu nos Estados Unidos da América
FAIXAS JIU JITSU
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FAIXAS E SUAS IDADES CORRESPONDENTES
• Branca: Para iniciantes, todas as idades
• Cinza: Opcional, pode ser usada para Crianças de 4 à 6 anos
• Amarela: Compreende as idades de 7 á 15 anos
• Laranja: Compreende as idades de 10 á 15 anos
• Verde: Utilizada nas idades de 13 à 15 anos
• Azul: Usada á partir dos 16 anos
• Roxa: Usada á partir dos 17 anos
• Marrom: Permitida à partir dos 18 anos
• Preta: Permitida à partir dos 19 anos
• Preta Professor: Somente após completar 21 anos
• Vermelha e Preta (Mestre): Mérito por tempo e habilidade na modalidade
• Vermelha (Grão Mestre): Mérito por competência e tempo na modalidade
*Até a faixa marrom, o Professor poderá usar o critério de graduar até 4 graus cada faixa, antes de conceder a próxima faixa, desde que respeite a carência da CBJJE.
O QUE É SER UM LUTADOR DE JIU JITSU
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O QUE É SER UM LUTADOR DE JIU-JITSU
Ser um lutador de jiu-jitsu é trocar horas de sono em sua cama confortável por horas de treino;
É sair na chuva fria ou no sol quente e escaldante para mais um dia de treinamento árduo;
É ter responsabilidade e não agredir nem humilhar um desprotegido ou indefeso;
É respeitar os mais graduados e se espelhar-se neles;
É amar a si mesmo e ao próximo, respeitando os mais fracos, mas nunca ser um deles;
É ter espírito de guerreiro e lutar até a morte, se preciso, para se sentir orgulho da vitória;
É ter disciplina para dizer não quando te chamarem para sair na hora sagrada do seu treino;
É seguir fielmente todas as tradições milenares da arte suave, que por muitos são esquecidas;
É preciso ser frio, trocar os abraços e carinhos da pessoa amada por estrangulamentos, torções, luxações e sangue;
É controlar seus sentimentos, e às vezes, até se desfazer de alguns deles;
É ter como família sua equipe de jiu-jitsu;
É compreender as lições do seu mestre e aplicá-las em sua vida, por mais dura que sejam;
É ser corajoso por colocar em risco sua integridade física, na qual muitas vezes pode ser grave;
É superar as dores e não desistir dos objetivos;
É trocar tudo e todos pra treinar e sentir-se conformado com isso;
Suas orelhas, joelhos e outras articulações nunca mais serão os mesmos, mas mesmo assim ele nunca mais deixará de praticar esse esporte.
Isso sim é ser um lutador de respeito.
HISTÓRIA DO JIU JITSU
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Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.
A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.
Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.
Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.
Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família.
Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.
Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.
Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão
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