Anderson Silva deu mais um show dentro do octógono. Neste sábado, pelo UFC Rio, ele completou a festa da torcida brasileira no retorno do evento ao país após 13 anos e, com muita superioridade, nocauteou o japonês Yushin Okami, deixando para trás uma derrota que estava entalada em sua garganta. De quebra, defendeu seu cinturão dos médios do UFC e ampliou seus recordes.
Anderson e Okami tinham um histórico polêmico, sendo que o japonês tem no seu cartel a última derrota do brasileiro. Em 2006, no Havaí, o duelo entre eles terminou com a desqualificação do atual campeão, devido a um chute ilegal.
Com o resultado desta noite, Anderson Silva amplia seu retrospecto de recordes no UFC. Foi a sua nona defesa de título consecutiva e sua 14ª vitória, sem nunca ter perdido dentro do maior evento de MMA da atualidade. No total, ele soma 31 triunfos, com quatro derrotas aos 36 anos.
“Foi muito difícil, eu treinei muito duro para chegar até aqui. Não tem como não ficar feliz com mais essa vitória”, afirmou o lutador do Corinthians, que ouviu alguns xingamentos em relação ao clube, mesmo após o triunfo. Ele ainda concluiu: “Vou imortalizar uma frase do Capitão Nascimento (do filme Tropa de Elite): ‘nunca serão, jamais serão’.”
A luta começou morna, com os lutadores se estudando, mas Anderson logo se esquivando das investidas de Okami, que tentava encurtar o espaço. Algumas vaias ressoaram durante um longo clinch, mas o brasileiro mostrou seu domínio nos dez segundos finais, com um chute de perna esquerda em cheio na cabeça do japonês.
O segundo round não foi nada parecido com o primeiro. Elétrico o brasileiro deixou às claras que partiria para cima para tentar finalizar a contenda e não deu chances ao rival. Bem nas esquivas, ele brincou à frente do rival até conseguir derrubá-lo e forçar o árbitro a encerrar a luta.
Considerado o melhor lutador em todas as categorias do MMA na atualidade, Anderson revolucionou nos últimos meses o MMA brasileiro. Depois da vitória contra Vitor Belfort com um chute frontal cinematográfico – que credita a dicas do ator Steven Seagal – o paulista firmou contrato com o Corinthians e uma série de outros patrocinadores, aumentando a popularidade do esporte, como se viu com a volta do UFC ao Brasil. A primeira edição do evento havia sido em 1998, em São Paulo.
Resultados:
Anderson Silva (BRA) vence Yushin Okami (JAP), por nocaute no 2º round
Maurício Shogun (BRA) vence Forrest Griffin (EUA), por nocaute no 1º round
Edson Barboza (BRA) vence Ross Pearson (ING), por pontos
Rodrigo Minotauro (BRA) vence Brendan Schaub (EUA), por nocaute no 1º round
Stanislav Nedkov (BUL) vence Luiz “Banha” Cane (BRA), por nocaute no 1º round
Thiago Tavares (BRA) vence Spencer Fisher (EUA), por nocaute técnico no 2º round
Rousimar ‘Toquinho’ Palhares (BRA) vence Dan Miller (EUA), por pontos
Paulo Thiago (BRA) vence David Mitchell (EUA), por pontos
Raphael Assunção (BRA) vence Johnny Eduardo (BRA), por pontos
Erick Silva (BRA) vence Luis Beição Ramos (BRA), por nocaute no 1º round
Iuri Marajó (BRA) vence Felipe Sertanejo (BRA), por pontos
Yves Jabouin (CAN) vence Ian Loveland (EUA), por pontos
28 de ago. de 2011
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