2 de mai. de 2010
Estratégias básicas durante a perda de "peso"
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Alimentação
Em alguns estudos foi demonstrado que pode haver manutenção da performance em atividades similares às exigidas nas modalidades de combate, mesmo consumindo dieta hipocalórica ("baixa caloria"), desde que seja rica em carboidratos.
É possível que a dieta rica em carboidratos ajude a manter estável o glicogênio muscular (espécie de "loja de energia ou combustível") e, consequentemente, melhore o desempenho em comparação com a dieta pobre em carboidratos, mas com mesmo número de calorias.
Comparando dieta para perder "peso" rica em carboidratos com outra rica em proteínas, alguns pesquisadores verificaram que na dieta rica em proteína, o desempenho não foi mantido. No entanto, havia tendência para melhor recuperação e normalização do desempenho com a dieta rica em carboidratos.
Suplementação
Arginina, BCAA, cromo e creatina são alguns dos suplementos que já foram testados para verificar seus efeitos durante a redução de "peso" de lutadores. A tese seria que tais suplementos aumentariam a perda de gordura, manteriam a massa muscular magra e/ou manteriam o desempenho, amenizando as consequências advindas do jejum ou da desidratação.
Foi observado que o BCAA pode ajudar a reduzir gorduras, particularmente viscerais. Contudo, os resultados ainda precisam ser replicados por outros pesquisadores. A utilização de creatina durante um período de 4 dias de redução de "peso" pareceu promover melhor equilíbrio de nitrogênio (evitando a perda de massa muscular magra). Houve também forte tendência de melhora em sprints (ou "tiros") com a ingestão de creatina.
A Arginina e o cromo não tiveram os efeitos esperados sobre a manutenção de massa muscular magra ou redução do "peso" em gordura.
Vale salientar que muitos atletas ainda utilizam compostos denominados de termogênicos que contém efedrina em sua composição. Além de ser considerada substância dopante pela Agência Mundial Anti-doping -AMA, tem sido associada a diversos casos de mortes, inclusive com lutadores. Em função da possibilidade de aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial em repouso, os atletas que desejam reduzir "peso" devem ser desencorajados a utilizar esses "suplementos". Existe relato na literatura de atleta de MMA de Curitiba que teve de ser submetido a cirurgia cardíaca de emergência, na qual os médicos relacionaram a causa do problema à auto-medicação de suplemento contendo efedrina.
Perda rápida de "peso" comparada a perda lenta
Foi verificado em estudo prévio que a rápida redução de "peso" em comparação com uma redução mais demorada promoveu melhor estado para depleção de vitaminas, ou seja, o déficit e normalização de vitaminas eram mais “eficientes” pelo método de perda rápida. Tal fato foi associado a incapacidade de os atletas em readquirir nutrientes perdidos em longo prazo mais rapidamente, além do que em longo prazo observou-se que a deficiência é mais severa.
Refeições menores, mais frequentes podem ajudar o balanço positivo de nitrogênio, relacionado a ganho/manutenção de massa muscular magra. Além disso, foi verificado que, durante 2 semanas de perda de "peso", um grupo de boxeadores que consumiu seis pequenas refeições por dia, comparado a um grupo que consumiu apenas duas grandes refeições, tiveram menor perda de massa muscular magra. Resultado similar já fora observado antes com atletas que necessitam de muita força e potência (ginastas): maior frequência de refeições e menos déficits de energia durante o dia foram associados à magreza.
Fonte:http://www.tatame.com.br/2010/04/26/Estrategias-basicas-durante-a-perda-de-peso
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